Em 2009, o Brasil colheu 650 milhões de toneladas de cana, uma das principais fontes de biomassa. Cada tonelada gera 210 quilos.
A procura de novas fontes energéticas é uma preocupação da maioria dos países em desenvolvimento. Quando o tema é aproveitamento da biomassa a gaseificação é vista como uma ferramenta para diminuir a emissão de gases de efeito estufa e garantir a produção de energia limpa.
Uma das principais fontes de biomassa no Brasil é a cana-de-açúcar. Em 2009, foram colhidas 650 milhões de toneladas de cana. Cada tonelada gera 210 quilos de biomassa.
Só com a biomassa produzida pela cana em 2009 seria possível gerar cerca de R$ 24 bilhões em energia. A gaseificação é feita por reações termoquímicas que resultam em um combustível que pode ser utilizado de diversas maneiras. Um exemplo dessa versatilidade é o seu uso em motores de combustão interna e turbinas a gás.
O Brasil domina a tecnologia de gaseificação, no entanto, essa técnica, aplicada na conversão da biomassa em combustível, ainda precisa ser desenvolvida. Desde 1973, quando estourou a crise do petróleo, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do estado de São Paulo (IPT) desenvolve projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação, principalmente na conversão de combustíveis sólidos em gás.
O IPT tem um projeto para a construção de uma usina, em Piracicaba, no interior de São Paulo, para incrementar essa técnica. A intenção é que o projeto integre as principais iniciativas do IPT, do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), de universidades e de institutos de pesquisas.
De acordo com o IPT, o projeto custa cerca de R$ 110 milhões e deve ser construído em cinco anos. A proposta está em analise pelo Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). Além de pretender contar com a participação federal, o IPT tem o apoio de empresas privadas como a Braskem, Cosan e Oxiteno.
(Felipe Linhares, Comunicação MCT)
www.fne.org.br