Como Dilma, a engenheira de alimentos Miriam Belchior integrou a equipe de transição em 2002, ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pela primeira vez. Na época, Miram já contava com a confiança de Lula e, no primeiro governo, passou a assessora especial do presidente.
Brasília - A atual coordenadora do principal programa de infraestrutura do governo foi a escolhida de Dilma Rousseff para ocupar a pasta do Planejamento. Miriam Belchior, 54 anos, é secretária executiva do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e esteve próxima à presidenta eleita durante a gestão de Dilma na Casa Civil.
Engenheira de alimentos, formada pela Universidade de Campinas (Unicamp), Miriam tem mestrado em Administração Pública e Governamental pela Escola de Administração de Companhias de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV). Desde 2001, Miriam é professora na Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia e no Departamento de Administração e Contabilidade Econômica na Universidade de São Paulo (USP).
Por dez anos, ela foi casada com o ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel, assassinado em 2002. Os dois já estavam separados quando ele foi assassinado. Durante a gestão de Celso Daniel no município do ABC Paulista, Miriam foi secretária de Administração e Modernização nos dois primeiros anos do mandato. Depois, passou a ocupar a pasta da Inclusão Social e Habitação.
Como Dilma, a futura ministra do Planejamento integrou a equipe de transição em 2002, ano em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pela primeira vez. Na época, Miram já contava com a confiança de Lula e, no primeiro governo, passou a ser assessora especial do presidente.
Em 2003, Miriam foi chamada pelo então ministro José Dirceu para a Casa Civil, onde passou a ocupar o cargo de subchefe de Avaliação e Monitoramento da pasta.
No início deste ano, quando Dilma deixou o cargo para se candidatar, Miriam chegou a ser cotada para assumir a pasta. Ela tinha a preferência de Lula. No entanto, Erenice Guerra assumiu o comando da Casa Civil e Miriam ficou na coordenação do PAC.
Envolvida em denúncias de tráfico de influência, Erenice Guerra deixou a Casa Civil durante a campanha de Dilma. Mesmo assim, Miriam não foi alçada ao cargo de ministra, que coube ao secretário executivo da pasta, Carlos Eduardo Esteves Lima.
(Luciana Lima e Rivadavia Severo, Agência Brasil)
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