A nova ministra do Planejamento, Miriam Belchior, de 54 anos, assumiu hoje (3) a função implementando mudanças na pasta. A coordenação-geral do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o monitoramento do programa Minha Casa, Minha Vida ficarão sob responsabilidade do Planejamento. Miriam avisou, porém, que pretende trabalhar em consonância com os demais integrantes do governo, em especial da área econômica.
A coordenação-geral do PAC será administrada por uma estrutura própria, a partir de uma secretaria específica. O titular da pasta será Maurício Muniz, que trabalhava na área de coordenação do PAC na Casa Civil. Assessores de Miriam Belchior informaram que a nova secretaria atuará em parceria com outras áreas que também têm vínculos com o programa.
Segundo Miriam Belchior, suas prioridades incluem aperfeiçoar e dar continuidade à execução dos programa sociais já existentes. No caso do programa Minha Casa, Minha Vida, que se destina a facilitar a compra de imóveis para famílias de baixa renda e é administrado pelo Ministério das Cidades, terá um monitoramento específico do Planejamento. Os detalhes ainda estão sendo definidos.
No discurso, Miriam reiterou que trabalhará com “absoluta consonância” e “sintonia” com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. A cerimônia de posse reuniu parlamentares e ministros, além dos governadores da Bahia, Jaques Wagner, do Ceará, Cid Gomes, e de Sergipe, Marcelo Déda.
A nova ministra participou dos oito anos de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela foi responsável pela coordenação do PAC, cuja área era ligada à Casa Civil, diretamente vinculada à Presidência da República. Miriam Belchior sucede Paulo Bernardo, que assume o Ministério das Comunicações.
Ao transmitir o cargo para Miriam, Bernardo afirmou que a política do governo Lula “deu certo porque criou um mercado de massas e plano de consumo com controle de gastos públicos”. A nova ministra acrescentou que o objetivo dela é “melhorar a gestão”, garantindo a estabilidade econômica.
Emocionada, a nova ministra lembrou do marido Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André (em São Paulo), encontrado morto em 2002. Segundo Miriam Belchior, se o marido dela estivesse vivo, estaria presente no governo da presidenta Dilma Rousseff. “[Quero agradecer a Celso Daniel] pelo legado administrativo e intelectual [que ele deixou]”, afirmou a nova ministra.
(Ivanir Bortot, Renata Girardi, Agência Brasil)
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