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20/01/2011

Inpe obtém dados de satélites para avaliar desastre no Rio de Janeiro

O International Charter Space and Major Disasters, que distribui dados orbitais para auxiliar países afetados por desastres naturais, fornecerá informações ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)

       Os dados obtidos a partir de imagens de satélites poderão ser utilizados nos trabalhos de recuperação e prevenção na região serrana do Rio de Janeiro. "Produtos de satélites podem ajudar a identificar e gerenciar as ações necessárias em áreas atingidas por desastres. Com o International Charter, além de nossas próprias imagens - como as do Cbers -, contamos com dados fornecidos sem custo pelas agências internacionais que também fazem parte do programa", diz Ivan Márcio Barbosa, chefe da Divisão de Geração de Imagens do Inpe.
        Enchentes no Peru e na Bolívia, um ciclone nas ilhas do Pacífico, o terremoto no Chile, a erupção vulcânica na Islândia e o derrame de petróleo do Golfo do México estão entre os episódios que contaram com o auxílio do International Charter, como ocorrerá agora nos deslizamentos e inundações no Rio do Janeiro.
       As imagens serão entregues à Defesa Civil, usuária autorizada no Brasil. A aquisição e liberação gratuita de dados espaciais pelo International Charter acontecem em situações de emergências.
        "Diferentemente do que ocorre no Inpe, que distribuiu a qualquer tempo e sem custo algum seus dados a todo usuário, o International Charter reúne agências que normalmente comercializam suas imagens e produtos de sensores ópticos e de radar. Portanto, essas imagens do Charter somente poderão ser utilizadas pelos destinatários diretos envolvidos nos desastres e para os fins específicos nas missões de auxílio", explica Ivan Barbosa.
        Além do Brasil, por meio do Inpe, integram o International Charter para fornecimento de dados instituições e agências espaciais do Canadá, França, Japão, Argentina, China, Índia, Inglaterra e Estados Unidos. Diante de um desastre, tão logo o International Charter seja acionado, os membros mobilizam-se na aquisição prioritária de dados de satélite com foco na região atingida. Há um esforço concentrado para geração de produtos que possam auxiliar as autoridades e agentes locais, como a Defesa Civil.
        Desde 2000, quando foi criado, o International Charter Space and Major Disasters beneficiou aproximadamente uma centena de países, em cerca de 300 episódios como terremotos, furacões, ciclones, inundações e incêndios, entre outros. Em 2010 o Brasil passou a fazer parte do International Charter. A partir do lançamento do Cbers 3, em 2012, o Brasil poderá ser também um ativo fornecedor de dados de satélites para essas ocasiões de calamidade.

Mais informações no site www.disasterscharter.org

 

(Assessoria de Comunicação do Inpe)
www.fne.org.br

 

 

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