De acordo com a pesquisa Porto Alegre, Belo Horizonte e Fortaleza lideram recuo do desemprego.
Além da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE divulgada, na última quinta-feira (3), o Dieese também revelou o resultado da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego) que é realizada em sete regiões metropolitanas do país. Segundo os dados, a taxa de desemprego diminuiu em 2010 ao passar de 14,0% em 2009 para 11,9% no ano passado.
Conforme o Dieese, isso representou 418 mil pessoas a menos no total de desempregados, estimado em 2,620 milhões em 2010 nas regiões pesquisadas.
No ano passado foram geradas 765 mil ocupações nessas cidades, número superior ao de trabalhadores que chegaram ao mercado de trabalho, avaliado em 347 mil. Essa diferença resultou na saída de 418 mil brasileiros da condição de desempregados.
Segundo a PED, o recuo do desemprego se deu de forma mais expressiva em Porto Alegre, Belo Horizonte e Fortaleza.
Na capital gaúcha a variação da taxa de desemprego entre os últimos dois anos foi de -21,6%. Na capital mineira foi de -18,4% e em Fortaleza de -17,5%. A retração menos expressiva, embora igualmente negativa, ocorreu em São Paulo (-13,8%).
Entenda a diferença das metodologias do IBGE e do Dieese
A diferença dos números que costumam ser apresentados pelo IBGE e pelo Dieese deve-se ao conceito utilizado para o cálculo da ocupação e desocupação.
Na pesquisa do IBGE as pessoas são classificadas como ocupadas desde que tenham exercido algum trabalho na semana anterior à que foram entrevistadas.
São considerados trabalhadores ocupados: os empregados com vínculo formalizado (no setor público e no setor privado), os trabalhadores sem carteira assinada e os que trabalham por conta própria, os empregadores, trabalhadores familiares sem remuneração e trabalhadores domésticos (com ou sem contratos formalizados).
Já o Dieese considera como ocupados os indivíduos que, nos sete dias anteriores ao da entrevista, possuem trabalho remunerado exercido regularmente, com ou sem procura de trabalho; ou que, neste período, possuem trabalho remunerado exercido de forma irregular, desde que não tenham procurado trabalho diferente do atual; ou possuem trabalho não-remunerado de ajuda em negócios de parentes, ou remunerado em espécie/beneficio, sem procura de trabalho.
São considerados desempregados indivíduos que se encontram numa situação involuntária de não-trabalho, por falta de oportunidade de trabalho, ou que exercem trabalhos irregulares com desejo de mudança.
(Agência DIAP)
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