Chamado Atlasur, o projeto é coordenado pela Unesco e tem como objetivo encontrar ações que possam ser desenvolvidas na costa dos três países e incorporadas pelos governos na agenda de desenvolvimento e meio ambiente.
Até julho, os ministérios do Meio Ambiente e do Planejamento, estados e universidades vão criar as diretrizes sobre como o projeto Atlasur será desenvolvido no Brasil.
O Atlasur será dividido em dois componentes. O primeiro levantará informações sobre a zona costeira sul-americana, cenários e efeitos das mudanças do clima na costa e sistemas de modelagem costeira.
Com essas informações, no componente de intervenção serão definidas estruturas de gestão da costa, como sistemas de alerta precoce. A ideia é fazer projetos de curto, médio e longo prazos.
O Brasil tem o Macrodiagnóstico da Zona Costeira e Marinha do Brasil que poderá ser usado como base para os estudos. O documento tem informações que orientam ações de planejamento territorial, conservação, regulamentação e controle dos patrimônios natural e cultural.
Para a gerente de Gerenciamento Costeiro do Ministério do Meio Ambiente, Leila Swerts, o grande desafio do Atlasur é no campo institucional. "As instituições precisam perceber que há benefícios em fazer do gerenciamento costeiro um instrumento de desenvolvimento do país", ressaltou.
Os efeitos das mudanças climáticas no litoral vão desde a perda de biodiversidade, erosão e inundações até danos à infraestrutura portuária, energética e de saneamento. Na parte brasileira, o projeto Atlasur será desenvolvido no litoral do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
(Assessoria de Comunicação do MMA)
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