No primeiro semestre de 2015, os resultados obtidos pelos cinco maiores bancos do País mostram, mais uma vez, que não existe cenário desfavorável para o setor, independentemente do desempenho do conjunto da economia. Todos obtiveram lucros elevados, especialmente os dois maiores bancos privados – Itaú e Bradesco – cujos lucros alcançaram os mais elevados patamares históricos. Um dos fatores com maior influência nesse desempenho foi a elevação das receitas com Títulos e Valores Mobiliários, decorrente de sucessivos aumentos da Selic desde o ano passado, e da alta nos índices de preços. Outro fator importante foi o crescimento das receitas com o câmbio, especialmente no Santander e no Itaú Unibanco.
Charge do Sindicato dos Bancários de Rondônia
O primeiro semestre do ano também foi marcado pela implementação de um plano de aposentadoria incentivada na Caixa Econômica Federal e pelo fechamento de postos de trabalho no Bradesco e no Itaú Unibanco. Apenas Santander e Banco do Brasil fizeram contratações.
Por fim, nesse período, o HSBC confirmou o encerramento de suas atividades no Brasil e está em curso um processo de aquisição do banco pelo Bradesco, que deverá ser concluído até o 1º trimestre de 2016. O HSBC tem apresentado prejuízos desde o segundo semestre de 2013. Em virtude disso, os estudos mais recentes da Rede Bancários sobre o desempenho dos maiores bancos não consideraram o HSBC. Após a aquisição do HSBC pelo Bradesco, a concentração bancária no Brasil se elevará e os cincos maiores bancos deverão responder por pouco mais de 80% dos ativos do sistema.
Esses são os principais destaques da 8ª edição do estudo Desempenho dos Bancos, produzido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) - Rede Bancários. Leia o documento completo aqui.
Fonte: Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese)