A Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista participa, nesta terça-feira (3/11), às 15h, de reunião emergencial para discutir o anúncio da desativação da metalurgia primária da Usiminas, siderúrgica instalada no polo industrial de Cubatão. A decisão da empresa foi informada à delegacia na última semana. “Isso significa que o Estado de São Paulo não produzirá mais aço, o que acarretará demissão em massa de mão de obra especializada. É disso que estamos falando”, explicou o presidente da delegacia, Newton Guenaga Filho, acrescentando que isso terá um “efeito dominó” em toda a economia da região. O encontro está sendo convocado e será realizado no Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial (Sintracomos), em Santos.
Foto: Beatriz Arruda/Arte Jéssica Silva
Segundo o dirigente sindical, a notícia causou muita apreensão, porque ela poderá significar a demissão de milhares de trabalhadores – entre metalúrgicos, engenheiros e terceirizados. Guenaga informa que, de acordo com o comunicado empresarial, a siderúrgica de Cubatão desativará unidades fundamentais no processo de produção de aço, como as sinterizações, coqueria, o segundo alto-forno (o primeiro foi paralisado em maio último), aciarias etc..
Cresce Baixada
Com a justificativa de retração nas vendas de aço nos mercados interno e externo, a siderúrgica, em maio último, desativou um equipamento (alto-forno 1) e propôs a redução da jornada de trabalho e de salário dos seus empregados. A partir dessa situação, sindicatos da região e outros segmentos sociais formaram o movimento Cresce Baixada com o intuito de apresentar propostas econômicas que não só mantivessem os empregos atuais, mas gerassem novos postos de trabalho na região.
Guenaga informa que o movimento já tinha realizado várias reuniões de trabalho, mas que o anúncio da Usiminas torna a situação ainda mais preocupante. Ele explica que a siderúrgica manterá a produção do aço na sua matriz, em Ipatinga (MG). “Pelo que entendi Cubatão fará apenas a laminação de placas de aço produzidas na unidade mineira e até mesmo de outros lugares.”
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP