A direção da Usiminas, siderúrgica cuja matriz fica em Ipatinga (MG), não esclareceu as várias dúvidas sobre a desativação do setor primário na usina de Cubatão (SP) que significará a demissão de milhares de trabalhadores, entre diretos e contratados. A informação é do presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga, que, juntamente com o sindicato dos metalúrgicos da região, participou de reunião com a empresa na tarde desta quinta-feira (3/12), na planta industrial cubatense. O encontro foi promovido após determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) para que as partes encontrem saídas para minimizar o impacto das demissões. “A reunião foi tensa e frustrante”, disse.
O objetivo do encontro não foi alcançado, avalia Guenaga, porque a empresa não apresentou informações sobre a quantidade exata dos empregados que serão atingidos; cronograma de desligamento dos equipamentos e das dispensas; qual o número de aposentados; casos especiais de famílias com parentes deficientes ou em tratamento médico de alto custo etc..
O sindicalista lembrou que o anúncio da desativação do setor de produção de aço foi feito em 29 de outubro último, por isso considera “um absurdo” a Usiminas ainda não ter um plano contendo essas e outras informações. “Parece que a empresa não está preocupada em reduzir os problemas que vai gerar aos trabalhadores diretamente e à região”, lamenta.
Nova reunião com a empresa ficou agendada para o próximo dia 10, às 15h, também na sede da usina, em Cubatão.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP