A construção de um país sério é também a construção das suas instituições. Povo forte, instituições sólidas. País fraco, instituições e entidades frágeis, descontinuadas e sem credibilidade.
Nesse sentido, o Dieese merece ser louvado e aplaudido. A instituição, criada em 22 de dezembro de 1955, por um grupo de Sindicatos, cresceu, se firmou, agregou excelência técnica, ampliou dimensão política, expandiu sua assessoria e fortaleceu a prestação de serviços.
Sinceramente, nenhum de nós imaginaria o Brasil moderno e, em particular, o sindicalismo nacional sem a companhia do Dieese. Aqui mesmo na Agência Sindical, o Dieese é presença constante, como base de informações, fonte de consulta e orientação para nossas publicações. Registro que Clemente Ganz Lúcio, seu qualificado diretor-ténico, é colunista deste Repórter Sindical.
Sábado (28), eu entrevistava Antonio Rogério Magri sobre os 60 anos da instituição. E ele, sempre muito perspicaz, fazia observações interessantes. O ex-ministro do Trabalho apontava a original engenharia interna do Dieese, que combina, de forma harmônica, direção técnica e direção política.
Para Magri, essa relação equilibrada e dinâmica contém uma das explicações para a longevidade e credibilidade do Dieese. Magri ressalta a conduta dos técnicos da entidade, que, em sua opinião, influem nas direções sindicais com a qualidade da assessoria, sem nunca querer dirigir diretorias.
Vale, a título de informação, navegar pelo site do Dieese e constatar a enorme quantidade de serviços prestados, sempre com qualidade e credibilidade. Ninguém ousaria duvidar do ICV Dieese. Tampouco contestar o valor do salário mínimo. Aliás, a expressão “salário mínimo do Dieese” já faz parte do vocabulário sindical e do mundo do trabalho.
Nesta semana, e até 22 de dezembro, a Agência Sindical vai tratar várias vezes do Dieese, que realiza importante Seminário Internacional quinta (3) e sexta (4). Vamos entrevistar sindicalistas, antigos dirigentes do Departamento e atuais integrantes, a fim de repercutir devidamente suas ações. Também pretendemos levantar programas de TV e vídeos que temos sobre e com gente do Dieese e replicar por meios dos nossos veículos.
Tomo, aqui, a liberdade de sugerir aos colegas da imprensa sindical que repercutam o Dieese daqui até o final do ano, levando para o conjunto das direções e para as próprias categorias representadas a real dimensão dessa instituição que o sindicalismo ousou criar, manter e bem utilizar ao encontro dos interesses maiores da classe trabalhadora e do Brasil.
Saúdo o Dieese pelos seus 60 anos, certo de que uma instituição com essa história, essa folha de serviços e esse compromisso faz bem ao sindicalismo, ao trabalhador e à Nação brasileira. Longa vida ao Dieese e que o sindicalismo, cada vez mais, saiba valorizar o conhecimento que organiza e a assessoria que não vende ilusões a ninguém.
* João Franzin é jornalista e diretor da Agência Sindical