Em nova reunião entre os sindicatos e a direção da Usiminas, nesta quinta-feira (10/12), na planta industrial de Cubatão (SP), a siderúrgica apresentou um cronograma de paralisação das suas áreas primárias, como anunciado em novembro último, e reafirmou que tal ação significará a demissão de trabalhadores. O SEESP e o sindicato dos metalúrgicos local voltaram a dizer que não concordam com a suspensão de todos os setores que estão envolvidos na produção do aço, assim como as demissões, que podem chegar, segundo os sindicalistas, a mais de seis mil.
Conforme o calendário apresentado pela siderúrgica, as paralisações se darão da seguinte forma: Sinterização 2, em 22 próximo; e Coqueria 2, Alto Forno 2, Sinter 3, Conversores 5, 6 e 7, Lingotamento Contínuo 3 e 4, Refino Secundário e Estação de Dessulfuração de Gusa em Panela (EDGP) entre 25 e 31 de janeiro de 2016.
O presidente da Delegacia Sindical do SEESP na Baixada Santista, Newton Guenaga Filho, apresentou itens que a empresa deveria levar em consideração para as dispensas, como: recolocação interna de empregados e para outras plantas do grupo; capacitação e treinamentos para as novas atividades; incentivo para o empregado pré-aposentado com o pagamento da Previdência Social pelo tempo faltante; estabelecer um Plano de Desligamento Voluntário (PDV); estender o plano de saúde aos demitidos; abono salarial; prioridade para recontratação do pessoal demitido e realizar depósitos complementares no plano de previdência. Já o presidente do sindicato dos metalúrgicos, Florêncio Resende de Sá, solicitou que a empresa estude medidas como licenças e férias.
A empresa informou que levará as propostas apresentadas para avaliação da diretoria a fim de analisar as possibilidades que poderão ser oferecidas aos empregados que serão demitidos. Nova reunião foi agendada para o dia 16 de dezembro próximo, às 14h.
Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa SEESP