O Brasil deve investir na formação de doutores para avançar cientificamente nas engenharias. A observação é do diretor de Avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Arlindo Philippi Júnior, em palestra realizada na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, em dezembro último. Segundo dados do Web of Science, apresentados por ele, de 2009 a 2013 o Brasil publicou 7.871 papers na área, apenas 1,55% do total de artigos publicados no mundo nessa área.
O diretor do órgão ligado ao Ministério da Educação mostrou outros indicadores nacionais sobre a pós-graduação em engenharias, entre 2006 e 2014: em 2006 existiam 267 cursos, número que subiu para 386 em 2014, o que representa um aumento de 45%. Em relação aos docentes, houve aumento de 39% – de 5.839 para 8.088. Nesse período também houve aumento tanto no número de alunos matriculados no mestrado (25%) e no doutorado (66%) quando no número de titulados – 24% no caso do mestrado, 44% no caso do doutorado.
Os dados específicos do Estado de São Paulo mostram que o número de cursos subiu 27%, de 64 para 81, entre 2006 e 2014, e o número de docentes passou de 3.469 para 4.573 (aumento de 32%). Há uma estabilização em relação ao mestrado no Estado paulista – em 2006, havia 3.528 matriculados, contra 3.513 no ano passado; 1.281 se titularam no mestrado em 2006, contra 1.312 em 2014. O doutorado ampliou, passando de 2.649 para 3.361 o número de matriculados (27% de crescimento) e de 506 para 597 o número de titulados (18%).
Confira a íntegra das apresentações aqui.
Edição Rosângela Ribeiro Gil
Informações da Poli-USP