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02/06/2016

Metalúrgicos do ABC se mobilizam contra ameaça de demissão

Cerca de 10 mil metalúrgicos participaram de ato em defesa do emprego realizado na manhã desta quarta-feira (1º/06) na Rodovia Anchieta. A manifestação foi motivada pela ameaça de demissão presente na categoria desde que as montadoras de São Bernardo anunciaram um total de 4 mil trabalhadores excedentes e, especialmente, após o posicionamento adotado pela Ford e Mercedes-Benz de não renovar a adesão ao Programa de Proteção ao Emprego (PPE). A ferramenta de flexibilização vinha sendo utilizada desde o ano passado para manutenção dos postos de trabalho durante a crise que atinge o setor automotivo.

Durante o ato, os trabalhadores aprovaram por unanimidade o encaminhamento feito pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, de que, caso haja anúncio de demissões, haverá um forte movimento de resistência. “Se demitir, é greve”, garantiu. O dirigente criticou a recusa das empresas em manter o Programa. “As montadoras são multinacionais e têm planos de longo prazo. Há uma crise hoje no País que tem impactado fortemente as vendas de veículos, mas todas sabem que o setor automotivo no Brasil vai se recuperar e que o mercado brasileiro é altamente lucrativo. O PPE é um esforço coletivo, do trabalhador, da empresa e do governo fundamental para enfrentar momentos de crise enquanto a economia se recupera”, defendeu.

O presidente da entidade também reforçou que durante vários anos, as montadoras sediadas no Brasil remeteram às suas matrizes no exterior valores expressivos e que agora, num momento de queda nas vendas, é preciso que se faça o movimento contrário. “A Ford já mandou milhões e milhões para os EUA e a Mercedes para a Alemanha, é hora das matrizes segurarem esse período de recuo na economia brasileira, que com certeza será revertido”.

Das 11 empresas da base metalúrgica do ABC que aderiram ao PPE, três delas são montadoras. Na Mercedes, o Programa foi utilizado por nove meses, abrangendo cerca de 9 mil trabalhadores e venceu ontem, 31 de junho. A empresa, que afirma ter um excedente de 2 mil trabalhadores, não renovou a adesão, abriu um Programa de Demissão Voluntária (PDV) e colocou mais 500 trabalhadores em licença-remunerada, totalizando 1.800 trabalhadores.

A Ford tem 3,4 mil trabalhadores no Programa. A adesão vence em 30 de junho, mas a empresa já informou que não pretende fazer a renovação. Ela afirma ter um excedente de 1.100 trabalhadores. Na Volks, que também anunciou um excedente de cerca de mil funcionários, o programa abrange cerca de 7 mil pessoas e vence em 30 de setembro.

Crédito e Juros - Além dos mecanismos de flexibilização, o presidente do Sindicato reforçou que é necessário que o governo também faça sua parte. “É necessário reduzir juros e baratear crédito. Isso é fundamental para recuperar o setor”, defendeu.

 

 

Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

 

 

 

 

 

 

 

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