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16/05/2011

Brasil precisa investir mais em T.I. afirma especialista

 

Para professor da USP, os jogos mundiais são vitrines das tecnologias de ponta dos países, e o Brasil pode ser o primeiro a fazer as transmissões da Copa em 2014 e das Olimpíadas em 2016 em ultra-alta definição

        Em palestra nesta segunda-feira, 16 de maio, no primeiro evento da série “Cresce Brasil e a Copa 2014”, o professor Marcelo Zuffo, do Departamento de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), recomendou mais investimentos na área de tecnologia da informação, comunicação e telecomunicações.

        Segundo ele, os jogos mundiais são vitrines das tecnologias de ponta dos países. “Há esperança de que o Brasil seja a primeira nação do mundo a fazer as transmissões da Copa em 2014 e das Olimpíadas em 2016 em ultra-alta definição, isto é, qualidade de imagem cinematográfica. Esse é um desafio viável para a engenharia nacional, mas temos que começar a trabalhar agora”, recomendou Zuffo.

        Outro desafio apontado pelo palestrante é a banda larga. Conforme ele, no período do mundial o País poderá somar de três a cinco milhões de turistas. “O primeiro recurso a ser utilizado é a telefonia móvel. Portanto, deveria haver mais investimentos no setor”, criticou. Na sua visão, o governo federal deveria fazer uma conexão entre as demandas da Copa e o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga). “Os investimentos do programa deveriam ser utilizados nas 12 cidades-sedes. Assim seria possível acelerar o cronograma do plano e garantir que os turistas tenham acesso à banda larga móvel”, sugeriu.

        Para Zuffo, um dos problemas é que essas iniciativas são de alta complexidade. “A questão a ser discutida é se teremos tempo para fazer um bom projeto de engenharia ou se vamos comprar tecnologia de fora”, refletiu. Ele mencionou ainda que hoje a concentração dos negócios na nova economia está pautada no bit, matéria-prima em que o Brasil pode ser o expoente mundial. “Falta coragem para o País investir no momento correto. Estamos equivocadamente fazendo reservas muito grandes em dólar que é uma moeda vulnerável hoje. O Brasil deveria trocar seus ativos em dólar por empresas em alta tecnologia”, propôs o professor da USP. 

 

(Rosângela Ribeiro Gil)
foto: Beatriz Arruda/SEESP
www.fne.org.b

 

 

 


 

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