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05/09/2016

VLT: modal utilitário, tecnológico e não agressivo ao ambiente

Em mais um encontro na sede do SEESP, na Capital paulista, o Conselho Assessor de Transporte e da Mobilidade Urbana do Conselho Tecnológico da entidade colocou em pauta, em 1º de setembro último, o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e as qualificações e dificuldades do modal. As palestras ficaram a cargo da economista Josiane Almeida e do engenheiro Tiago Augusto Alves, ambos representantes da Diretoria de Novos Negócios da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), empresa responsável pelo VLT Carioca, projeto realizado em Parceria Público-Privada (PPP) com a Prefeitura do Rio de Janeiro. 


Fotos: Beatriz Arruda/SEESP
VLT Rio 1 1SET16 
Da esquerda para a direita: Jurandir Fernandes, coordenador do Conselho Assessor; Tiago Augusto Alves
e Josiane Almeida, ambos da da empressa CCR que construiu o VLT na cidade do Rio de Janeiro 


A proposta inicial, segundo a economista, era de reurbanização da área portuária. “Tínhamos uma região degradada com muitos espaços públicos, onde foi preciso desapropriar muito pouco para as obras.” Como explica Almeida, houve então o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) à mobilidade. Quando estiver pronto, o VLT Carioca deverá ter 28km de extensão, interligando a outros modais em rodoviárias, ao metrô, a barcas, centro do Rio e ao aeroporto Santos Dummont, em um total de 46 estações e paradas, com uma frota de 32 carros. Hoje, estão em operação 14km que transportam, em média, oito mil passageiros por hora, à tarifa de R$3,80. Iniciado em 2010, o projeto não tem data prevista para conclusão divulgada.

“É uma quebra de paradigma. A sociedade tem que adotar o novo transporte, que passa a conviver com as ruas, carros, pessoas. É uma mudança de cultura também”, defende Alves. Para o engenheiro, além de requalificação urbana, o VLT não é poluente e dispensa cabos como os de ônibus elétricos. O veículo tem como tecnologia a Alimentação Pelo Solo (APS). Por meio de sapatas em apenas um dos módulos do carro, que não é separado por vagões, a energia é absorvida somente com o veículo sobre o trilho, a partir de powerboxs subterrâneas. O que evita choques e descargas em automóveis que passam nos cruzamentos ou até mesmo pessoas que possam pisar nos trilhos, já que está na superfície. 

Além disso, cada transporte conta com bancos de energia, caso haja falha nas powerboxs. “Em testes, o VLT conseguiu andar por volta de 400 metros com os bancos, simulando falta de energia”, conta Alves, que também ressalta: “Escolhemos uma tecnologia de recarga constante pelo uso indispensável do ar-condicionado no clima do Rio de Janeiro. A reserva é apenas para emergências.” 


VLT carioca 1SET16O VLT do Rio, um pouco maior do que os modelos Europeus: 2,65 metros de largura
por 2,170 de altura. Foto: CCR


Ao todo, o projeto custou R$1,5 bilhão. Um alto investimento que abrange construção, adaptação do ambiente, semáforos e sinalização de trânsito e drenagem de canteiros. Além disso, informou Alves, foi necessário trabalho de arqueologia para preservar calçamentos originais da inauguração da cidade. Ele citou o caso da Rua da Constituição, no Centro carioca, onde foi conservado um trecho de 15 metros permitindo a passagem do VLT com as pedras originais. “Encontramos cacos da época de Dom Pedro I cavando apenas meio metro de profundidade para a instalação dos trilhos”, enfatiza. 

Estiveram presentes ao debate engenheiros, diretores de Delegacias Sindicais do SEESP e profissionais da área de projetos similares para troca de experiências. O VLT é uma das variadas formas de melhorias para a qualidade de vida urbana, como vê o coordenador do Conselho Assessor, Jurandir Fernandes: “Temos que considerar a grande diversidade de cidades no País. Acreditamos que todos os modais tenham seus nichos, se bem planejados.” 

O VLT e os engenheiros
Lançada em março último, a nova edição do projeto “Cresce Brasil +Engenharia +Desenvolvimento”, focado em Cidades, aborda na nota técnica sobre mobilidade o modal como um sistema de transporte que incorpora, ao mesmo tempo, avanços tecnológicos, melhorias na qualidade de vida urbana e redução do impacto no meio ambiente.

 

* Confira as apresentações dos profissionais da CCR aqui

 

 

 

Jéssica Silva
Comunicação SEESP

 

 

 

 

 

 

 

 

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