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09/09/2016

Candidato do PSTU defende auditoria em dívida do município de SP

Uma sociedade em que os trabalhadores não saiam perdendo. É o que defende o candidato do PSTU à Prefeitura de São Paulo, Altino Prazeres, que participou, em 8 de setembro último, do Ciclo de debates “A engenharia e a cidade”, na sede do SEESP, na Capital paulista. A atividade realizada tradicionalmente pelo sindicato é um espaço para que os concorrentes apresentem suas propostas e ideias, assim como o de ouvir da população perguntas e sugestões.


Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Altino 09SET2016 
Candidato do PSTU, ao centro, fala de suas ideias para a Prefeitura de São Paulo.
 

Altino avalia que as eleições municipais deste ano estão bastante “nacionalizadas”, observando que diante do atual cenário político “propor alternativas para a classe trabalhadora é desafiador”. “A população pode estar desgastada com a política, mas não desinteressada e está atenta”, opina. Ele afirma que os candidatos, em sua maioria, são empresários e não defendem os direitos dos trabalhadores. “Nós somos um partido de esquerda que tem uma visão bastante simples de entender, embora radical.”

Para ele, é inevitável que o futuro prefeito não fale de dívida pública, pois ela, afirma o candidato, “é impagável e vai piorar”. Por isso, ele propõe a suspensão do pagamento da dívida e a realização de uma auditoria, “para ver o que realmente se deve, pois com certeza, devem ter coisas irregulares também incluídos no valor”. E acrescenta: “O município pega o dinheiro da população e repassa para a União, que utiliza esse valor para pagar os bancos, pois também está endividada. É um Robin Hood invertido, isso está errado.”

Privatização e terceirização
Questionado quanto à mobilidade urbana, o candidato metroviário se colocou a favor dos trilhos como modal positivo “à produção e locomoção de pessoas”, mesmo dentro de uma ótica “capitalista”. Ele acredita que a Prefeitura deva fazer um programa junto ao Estado e Governo Federal para de fato “sairmos da pré-história do metrô”. Ele aproveitou para afirmar que é contra a privatização do metrô e defendeu resgatar as empresas estatais para cuidar dos transportes da cidade. “O transporte é sim um direito do cidadão previsto em Constituição”, lembrou.

Outro ponto salientado pelo convidado foi a precariedade da saúde municipal. “Temos de acabar com a terceirização do sistema de saúde, é preciso por de volta nas mãos da prefeitura”, disse. Segundo Altino, o sistema gerido pelas Organizações Sociais (OSs) prejudicam os usuários, que muitas vezes não terminam um tratamento com o mesmo médico, e acabam esperando em filas pela continuidade do atendimento. Para ele, a terceirização na área da saúde “é um crime”. 



Jéssica Silva
Comunicação SEESP






 

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