A Federação Única dos Petroleiros (FUP) participou do Dia Nacional de Paralisação e Mobilização, ocorrido na quinta-feira (22/9), convocado por nove Centrais Sindicais e duas frentes formadas por movimentos sociais, para defender direitos sociais e trabalhistas. Assembleias em todas as bases devem referendar a decisão do Conselho Deliberativo da FUP, que rejeitou a proposta de acordo coletivo apresentada pela empresa. A estatal propôs reajuste de 4,9%, redução da remuneração das horas extras de 100% para 50% e redução da jornada do administrativo de horário flexível de oito horas para seis horas diárias, com redução de 25% do salário.
Foto: Divulgação FUP
Sindipetro PR/SC rumo à greve geral com trabalhadores da refinaria Fafen-PR
José Maria Rangel, coordenador geral da FUP, avalia que a proposta salarial feita aos trabalhadores segue a mesma linha de desmonte que já vem sendo implementada em relação ao patrimônio da empresa, colocando à venda subsidiárias, campos do pré-sal e demais ativos estratégicos.
Como exemplo, ele cita a venda do campo de Carcará e, mais recentemente, o anúncio da venda de gasodutos da Nova Transportadora Sudeste (NTS), que deve encarecer consideravelmente o preço do gás de cozinha.
O coordenador da FUP adianta que, além da rejeição da proposta salarial e reforço ao estado de greve, as assembleias devem aprovar a “Operação Para Pedro” - em alusão ao atual presidente da petroleira, Pedro Parente, que consiste no cumprimento rigoroso de todos os itens de segurança operacional e a denúncia de quem descumprir ou assediar os trabalhadores. “Não há unidade operando hoje de acordo com as normas de segurança e procedimentos”, diz Rangel.
Com informações da Agência Sindical