O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou ontem a criação de um fundo de investimento de R$ 150 milhões, voltado exclusivamente a empresas que desenvolvem projetos de tecnologias "limpas" e encontram-se em estágio nascente ou inicial de atividades.
De acordo com o banco, poderão receber os aportes do chamado Fundo de Inovação em Meio Ambiente companhias que "trabalham com a criação de ações voltadas à redução da emissão de carbono e outros resíduos ou que promovam o uso inteligente de recursos".
Para Cláudia Nessi, gerente do Departamento de Operações de Meio Ambiente do BNDES, o fundo deve preencher uma lacuna no mercado de fundos de partipação, que ainda não atende completamente empresas com essas características e que buscam volumes mais elevados de investimentos.
O diferencial que esse fundo pretende oferecer é atingir empresas que trabalham especificamente com inovação ambiental. A intenção é que essas companhias possam receber aportes de valor maior, segundo explicou Cláudia. De acordo com ela, os valores devem superar o R$ 1,5 milhão, que compreende o investimento recebido por empresas apoiadas pelo Criatec, programa de capital semente lançado pelo banco em 2007 e semelhante ao novo fundo.
Com limite de participação de 90% (R$ 135 milhões), o BNDES está em fase de seleção de gestores para o projeto, que deve ser finalizada em agosto. Após essa etapa, haverá a captação dos demais investidores, seguida da discussão entre gestores e acionistas para a definição de regras detalhadas para as empresas que poderão receber os recursos. O processo ainda será sujeito a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e então poderá receber propostas de investimentos.
A expectativa da gerente do BNDES é que o fundo possa começar a operar em seis meses, sendo lançado ainda em dezembro deste ano.