Na última sexta-feira (31/3), a Prefeitura Municipal de São Paulo iniciou testes visando a circulação de ônibus sem a presença de cobradores. O Sindicato dos Condutores (Sindmotoristas) reagiu imediatamente, alegando que a medida contraria a Lei Municipal 13.207, de 2001, e protocolou uma ação na justiça, exigindo que ela seja respeitada.
Foto: Sindmotoristas
Reunião do Sindmotoristas com representantes da gestão João Doria, em 29 de março.
"São mais de 19 mil pais e mães de família que o Prefeito Marqueteiro que colocar no "olho da rua. O Sindicato usará todos os meios jurídicos para fazer cumprir a lei municipal que determina a presença do segundo homem dentro dos ônibus", declarou o presidente do Sindmotorista, José Valdevan de Jesus Santos, o Noventa.
Já Hermenegildo Pereira Bezerra, o Hermes, assessor do sindicato, lembrou que a lei está em pleno vigor e que "o prefeito não pode descumpri-la". Ele condenou a iniciativa do Executivo, lembrando que a medida foi adotada no momento em que a categoria está voltada para a campanha salarial.
"A prefeitura está aproveitando esse momento complicado da categoria, que é o início da nossa campanha salarial para tentar prejudicar os trabalhadores", critica.
A Lei 13.207, aprovada em 11 de outubro de 2001, na gestão de Marta Suplicy, traz em seu artigo 1º uma norma que dispõe sobre a obrigatoriedade dos cobradores nos ônibus. Segundo o texto, os transportes coletivos devem ter um funcionário, além do motorista, “para fins de orientação e auxílio ao usuário, além da cobrança da passagem quando for o caso”.
No último dia 29 de março, a diretoria do sindicato se reuniu com o Secretário Municipal de Governo, Júlio Semeghini, o Secretário de Transporte e Mobilidade, Sérgio Avelleda, e assessores da Gestão Dória, para cobrar um posicionamento da gestão em relação à categoria.
Com informações de Agência Sindical e Sindmotoristas
(publicado por Deborah Moreira)