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24/05/2017

Unidade histórica ocupa Brasília contra reformas de Temer

A maior marcha já realizada pelas centrais sindicais em toda a sua história. É essa a impressão que o sociólogo e técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, passou ao portal do SEESP, por telefone, diretamente de Brasília, na tarde desta quarta-feira (24/05). “Começamos a sair do estádio Mané Garrincha por volta das 11h45 e já são mais de 14h30 e não para de chegar ônibus e trabalhadores de todo o Brasil”, informou, emocionado. 

Fotos: Lula Marques/AGPT
Trabalhadores e trabalhadoras vieram de todas as partes do País para uma marcha pacífica.

O movimento foi convocado e organizado por nove centrais sindicais, movimentos sociais e populares e de estudantes em menos de 20 dias. “Cada um vem com a sua bandeira, mas o que nos une, neste momento, é a luta contra as reformas em tramitação no Congresso Nacional”, explicou, referindo-se ao Projeto de Lei da Câmara 38/17, que muda a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e legaliza diversos tipos de contratos de trabalho, e à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/16, que muda as regras da aposentadoria da iniciativa privada e do serviço público. 


Técnico do Dieese destacou o caráter democrático da ação.

Para Ganz Lúcio, estamos num movimento progressivo de unidade e pressão. “A marcha desta quarta foi um avanço em relação até mesmo à greve do dia 28 de abril último”, comemorou. E acrescentou: “Cada um veio com a sua bandeira, seja fora Temer, fora todos, diretas já, mas a unidade principal é contra as reformas que pretendem aprovar no Congresso que vai legalizar e formalizar a precariedade do trabalho.” 


Centrais sindicais se uniram em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Como ele salientou, em Brasília, nesta quarta-feira, trabalhadores e trabalhadoras de todas as partes do País não mediram esforços para participarem da marcha, “tem pessoas que viajaram dois, três ou mais dias, mas estão aqui mostrando que há esperança de se evitar o pior”.

Última hora
No momento em que finalizávamos esse texto, chegaram informações de que a polícia militar investiu com violência contra os trabalhadores e trabalhadoras da marcha, jogando bombas de gás de pimenta e de efeito moral. 

 

 

Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP

 

 

 

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