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23/06/2017

São Paulo batiza banca Jornalista Vladimir Herzog, vítima da ditadura

Neste sábado (24/06), das 10h às 12h, será realizada uma festa para comemorar os 80 anos de nascimento do jornalista Vladimir Herzog, assassinado durante a ditadura civil-militar em outubro de 1975. Nesse mesmo dia haverá o “batismo" da banca de jornais - localizada próximo à Praça Memorial Vladimir Herzog (confira localização aqui) – que passará a ser “Banca Jornalista Vladimir Herzog”. Na oportunidade, haverá o lançamento de livros e sessão de autógrafos com o teólogo e filósofo Leonardo Boff. Outro lançamento será o do aplicativo #SP64, que utiliza geolocalização para apontar pontos da cidade de São Paulo relacionados à história da ditadura.

Também será lançado o livreto "A história não contada do Jornalista Vladimir Herzog", escrito pela graduanda em jornalismo Caroline Simões sob orientação do jornalista e professor Ronald Sclavi.

Foto: Instituto Vladimir Herzog
Herzog foi assassinado pela ditadura civil-militar do País.

Pela democracia
O Instituto Vladimir Herzog, criado para celebrar a vida de Vladimir Herzog, baseia sua visão e sua missão na trajetória do jornalista, morto pela ditadura que dominou o Brasil entre 1964 e 1985. A carreira jornalística de Vlado – como era conhecido – o levou a alguns dos mais importantes órgãos de imprensa brasileira e internacional, como o jornal O Estado de S. Paulo, a TV Excelsior, a BBC de Londres e a revista Visão.

Em 25 de outubro de 1975, quando era diretor de jornalismo da TV Cultura, foi torturado até a morte após se apresentar voluntariamente para responder a um interrogatório. Em 31 de outubro, com a imprensa censurada, uma multidão de mais de 8.000 pessoas se reuniu na Catedral da Sé de São Paulo para um culto ecumênico pela alma de Vladimir Herzog, soltando, dessa forma, um corajoso brado de solidariedade, dor e revolta que se espalhou pelo país.

Em 1978, em consequência de um processo aberto pela família Herzog, o Estado brasileiro foi condenado por sentença judicial como responsável pela prisão, tortura e morte do jornalista, reparando a falsa versão de suicídio. Nesse mesmo ano, a família Herzog, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de São Paulo e outras organizações criaram o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, que se tornou importante referência no país, sendo entregue anualmente aos autores das melhores reportagens sobre os dois temas. Mais de 500 jornalistas já foram distinguidos. Em junho de 2009, a família e um grupo de amigos e ex-colegas de Vlado decidiram criar o Instituto Vladimir Herzog, para conhecer e implementar ações que reforcem os valores da democracia.

O Instituto com sede em São Paulo realiza atividades voltadas a diferentes áreas dos Direitos Humanos, preservando a história recente do brasil com livros e documentários, realizando ações culturais como concertos, peças de teatro e projetos educacionais na forma de palestras, cursos e prêmios.

Conheça mais sobre a história e a iniciativa no vídeo abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=LXXUTpfqi8g

 

Publicado por Rosângela Ribeiro Gil
Comunicação SEESP
Com informações e textos do Oboré Projetos Especiais em Comunicações e Artes

 

 

 

 

 

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