Da Agência Sindical
O Sindicato dos Eletricitários de São Paulo (Stieesp) está nas bases, denunciando os impactos da privatização do grupo Eletrobras. No dia 4 último, houve mobilização nas subestações, Mogi das Cruzes; em Ibiúna, que recebe energia de Itaipu; Cachoeira Paulista que interliga o sistema elétrico Sul, Sudeste e Centro Oeste, além de Guarulhos, que alimenta imensa área industrial local e também de São Paulo.
A Agência Sindical conversou com José Roberto Lara de Moraes, secretário-geral do Stieesp. “Nossa manifestação foi para conscientizar os trabalhadores sobre como a venda da Eletrobras vai afetá-los. Estamos usando como exemplo as privatizações da era Fernando Henrique, que causaram precarização de serviços, demissões e aumento de preços para a população.”
Foto: site da Agência Sindical
Eletricitários denunciam impactos da privatização da Eletrobras.
Impactos ambientais
O dirigente fez um alerta para o perigo da privatização causar prejuízos também para o meio ambiente: “O custo ambiental pode ser terrível. A partir do momento que se privatiza, uma série de leis ambientais passam a ser ignoradas, como desmatamento, destruição de mananciais etc. Proteger nossa matriz energética é acima de tudo uma questão de soberania nacional.”
Demissões
Moraes destaca como a privatização afetará a economia: “Além do aumento nas tarifas e o crescimento nas interrupções de fornecimento, que são resultado da precarização no serviço, a demissão de funcionários tem impacto direto na economia.”
E completa: “Só na nossa base são 40 mil trabalhadores ameaçados. Profissionais altamente capacitados, que seriam substituídos por terceirizados que não têm o mesmo nível técnico. Isso acarreta falhas, interrupções no fornecimento e por consequência prejuízo para todos os setores da sociedade, afinal, o setor elétrico e essencial para o funcionamento da nação.”