Fonte: Agência Sindical
O movimento sindical está concentrando energia na preparação de fortes manifestações, em todo o País, dia 10 de novembro, uma sexta-feira. Centrais Sindicais, Confederações reunidas no Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), Federações e Sindicatos de diversas categorias estão engajados na organização do Dia Nacional de Mobilização em Defesa dos Direitos. A data foi escolhida por ser a véspera da entrada em vigor da Lei 13.467/17, a chamada 'deforma' trabalhista.
Foto: Beatriz Arruda/ Comunicação SEESP
Ato em defesa do emprego, promovido pelas centrais, em 2016.
Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União GEral de Trabalhadores (UGT), Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central se reuniram, quinta-feira (26/10), para definir as ações até a data da mobilização. As entidades aprovaram informativo que será distribuído à população, além de cartilha unitária denunciando as maldades da reforma trabalhista.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves (Juruna), apontou à Agência Sindical que os três eixos de resistência são o combate à lei trabalhista, repúdio à Portaria que facilita o trabalho escravo e resistência à reforma previdenciária.
Luiz Carlos Motta, presidente da UGT São Paulo e da Fecomerciários, alerta também para dificuldades nas negociações coletivas. Ele diz: “O patronato quer antecipar impor retrocessos nas Convenções. Por isso, é importante que os trabalhadores se unam e no dia 10 de novembro repudiem as reformas”.
Metalúrgicos
A iniciativa de desencadear o processo coube ao Movimento Brasil Metalúrgico, que aprovou a realização de um dia nacional de lutas durante a plenária de 29 de setembro. Nesta segunda (30), dirigentes metalúrgicos de todo o País se encontram no sindicato da categoria, em SP, para organizar as manifestações no setor.
Na sexta (27), a Agência esteve com Miguel Torres, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM) e do sindicato paulistano, durante ato contra as “reformas” em frente ao Teatro Municipal de São Paulo. "As manifestações demonstram que a população começa a entender a necessidade de derrubar essa famigerada lei trabalhista, que entra em vigor dia 11 de novembro”, afirma.
Para Artur Bueno de Camargo, coordenador do FST e presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA), a resistência está crescendo e aumentando a integração das categorias. “Estaremos juntos dia 10 de novembro. Vamos apoiar e participar. Esse governo vem massacrando a classe trabalhadora e atacando o sindicalismo", diz.