Comunicação SEESP*
Em estudo publicado neste mês de novembro, numa parceria Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e Ministério do Trabalho, aponta-se a inserção da população negra nos mercados de trabalho das regiões metropolitanas brasileiras. Como descreve o material, “de modo histórico, a população negra se mantém sobrerrepresentada entre os desempregados, em todas as regiões pesquisadas”.
Segundo a análise, em todas as regiões houve aumento das taxas de desemprego de negros e de não negros, porém, em Fortaleza, Porto Alegre e São Paulo o acréscimo foi maior para os negros. Já as mulheres negras seguem com as maiores taxas de desemprego.
Cabe destacar que, exceto em Fortaleza, onde a diferenças entre as taxas de negros e não negros é pequena, nas demais áreas metropolitanas as distâncias entre as taxas de desempregos de negros e não negros são consideráveis, especialmente em Porto Alegre. No Distrito Federal, em Fortaleza e Salvador a desigualdade de gênero supera a desigualdade racial, ao notar que as taxas de desemprego das mulheres não negras são superiores às dos homens negros.
Indústria
Em quase todas as regiões a indústria de transformação perde importância na estrutura ocupacional de negros e não negros, enquanto os serviços aumentam a sua participação. Merece destaque a maior proporção de homens negros na construção civil e de mulheres negras nos serviços domésticos, inserções, em geral, mais precárias e de menores rendimentos.
Considerando a posição na ocupação, o emprego no setor privado tem maior participação relativa na estrutura ocupacional dos negros, enquanto o assalariamento no setor público tem maior peso na dos não negros.
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* Com informações do estudo do Seade, Dieese e Ministério do Trabalho