Comunicação SEESP
O projeto de vida do candidato a senador Eduardo Matarazzo Suplicy (PT-SP), 77 anos, foi apresentado nesta segunda-feira (27) aos engenheiros durante ciclo de debates no SEESP, na Capital: a renda básica de cidadania. O sindicato realiza iniciativas como essa a cada pleito. Democraticamente todos estão sendo convidados.
Foto: Beatriz Arruda
Suplicy enfatizou: “Essa visita tem o propósito de dizer o que acredito ser importante defender à volta ao Senado e ouvir sugestões, críticas e avaliações. Por exemplo, já me falaram sobre a preocupação com a venda da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) à Boeing. Estive inclusive em diálogo com trabalhadores dessa companhia (quando de sua privatização em 1994) e batalhei como senador pela aprovação de cláusula importante para se resguardar o interesse nacional.”
O candidato apresentou sua trajetória pessoal e política. A percepção de que diferentemente dele, muitos não têm oportunidades marcou – como relatou – suas escolhas. “Comecei a pensar se seria possível mudar esse estado de coisas. A conclusão é que é possível caminhar rumo à construção de um Brasil mais justo, por meio da democracia, com todas as liberdades.”
Para Suplicy, garantir renda básica de cidadania a todos, incondicionalmente, é a direção a ser seguida, de modo a “erradicar a pobreza, melhorar a distribuição de renda e prover dignidade aos brasileiros”. Sua proposição, apresentada enquanto deputado e senador nos anos 1990, deu origem a programas como o Bolsa Família, que “em outubro de 2003 reunia 3,5 milhões de beneficiários; em julho de 2014, cerca de 14,2 milhões; e agora, por volta de 13,7 milhões. Diminuiu a pobreza extrema entre 2002 e 2014”.
Na sua ótica, a medida é importante, mas a saída é que “a partir de janeiro de 2019 todas as pessoas no País passem a ter o direito de receber renda suficiente para atender suas necessidades vitais. A renda mínima é muito mais simples, elimina qualquer burocracia. Não é preciso declarar rendimento ou patrimônio acumulado, elimina o estigma e o fenômeno da dependência”. O candidato citou como exemplo bem-sucedido de implantação da renda básica de cidadania o Alaska. “Em 1980 era o mais desigual dos estados americanos; hoje é dos mais igualitários.”
Ao final da atividade, ele brindou os participantes ao cantar Blowin´in the Wind, de Bob Dylan, e presenteou o SEESP com dois livros: “Renda de cidadania, a saída é pela porta”, de sua autoria; e “Renda básica, uma proposta radical para uma sociedade livre e economia sã”, de Philippe Van Parjis e Yannick Vanderborght (amobs publicados pela Cortez Editora). Como contribuição ao programa de governo do candidato, Murilo Pinheiro, presidente do sindicato, passou às suas mãos a nova edição do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, intitulada “Retomada da engenharia nacional” – iniciativa da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE).