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18/09/2018

Garantir acessibilidade a pessoas com deficiência e idosos

Comunicação SEESP

 

 

O SEESP recebeu nesta terça-feira (18), em sua sede na Capital, a candidata ao Senado Federal em São Paulo Mara Gabrilli (PSDB). A entidade realiza ciclos de debates como esse a cada pleito. Democraticamente todos os candidatos a cargos majoritários e ao Senado estão sendo convidados (acompanhe Agenda).

 

Murilo Pinheiro ao lado da candidata Mara Gabrilli.

 

Ao final da atividade, o presidente do sindicato, Murilo Pinheiro, entregou-lhe, como contribuição ao seu programa de governo, a nova edição do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, intitulada “Retomada da engenharia nacional”, iniciativa da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), à qual a entidade paulista é filiada.

Eleita em junho último representante do Brasil no Comitê sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da Organização das Nações Unidas (ONU), Mara Gabrilli iniciou sua preleção falando por que decidiu ingressar na vida pública: “Sou formada em psicologia e marketing. Tive um acidente de carro aos 26 anos de idade e quebrei o pescoço, fiquei tetraplégica. Além dos movimentos, perdi a capacidade de respirar e de me comunicar. Quando saí da máquina e pude voltar a falar, me senti a pessoa com mais liberdade e autonomia do mundo. Foi uma mudança de parâmetros na minha vida. Meu norte passou a ser trabalhar para conseguir tirar as pessoas com deficiência de casa.”

Daí, como contou, fundou a ONG Mara Gabrilli, e o passo seguinte foi se candidatar a vereadora de São Paulo. “Tornei-me terceira suplente. Apresentei à Prefeitura um projeto de criação da primeira Secretaria da Pessoa com Deficiência, que foi instituída no Governo Serra (em 2005).” Ela assumiu a pasta e se orgulha em afirmar: “Foi uma revolução na cidade, que, em dois anos, passou de 300 para 3.500 ônibus e mais de 450km de calçadas acessíveis.” Segundo a candidata, o trabalho rendeu ainda a garantia de qualificação técnica em educação física para atender esse público. “O número de pessoas com deficiência que passaram a praticar esporte aumentou para 900 em um mês.”

Gabrilli revela que antes não havia política pública voltada a esse segmento e que esse modelo passou a ser multiplicado Brasil afora. Eleita deputada federal em 2011 e reeleita, relatou tanto a lei que institui política pública para autistas, quanto a brasileira de inclusão da pessoa com deficiência. Esta última, afirma, “teve votação unânime e abrange educação, saúde, trabalho, ciência, tecnologia e inovação de modo a assegurar muita acessibilidade. O trabalho do engenheiro é fundamental nesse sentido”.

Os desafios ainda são muitos, a despeito de avanços, como ressalta. Conforme apresentou, são 45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência e 15 milhões com doenças raras. Ademais, de acordo com Gabrilli, muitos idosos passam a ter mobilidade reduzida. “Hoje discutimos o envelhecimento ativo, com dignidade.” Na sua ótica, se uma cidade é boa para quem tem alguma deficiência, é boa para todos. “Quero ser senadora para atuar na linha de olhar para o ser humano. Não é possível dissociar econômica de política pública de cunho social.”

 

 

 

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