Corpo técnico merece respeito e engenharia da empresa deve ser valorizada
A empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), responsável por inúmeras e fundamentais obras rodoviárias no Estado de São Paulo, é certamente um braço estratégico do desenvolvimento paulista. Seu corpo técnico, que inclui 75 valorosos engenheiros, possui alta qualificação e muito tem a contribuir para que a unidade mais rica da federação possa superar os atuais gargalos logísticos e de transporte que freiam seu potencial de crescimento.
Assim, causa preocupação a matéria publicada pelo jornal do O Estado de S. Paulo em 10 de novembro, intitulada “Dória avalia extinguir a estatal Dersa”. Segundo a reportagem, que pouco aborda as realizações e o potencial da empresa, a decisão se daria em razão de a companhia ter se tornado um “foco de denúncias de corrupção”.
É nossa firme convicção que a malversação do dinheiro público deve ser objeto de investigação e devida punição legal. Além disso, cabe aos gestores criar mecanismos de transparência que coíbam crimes ou malfeitos. Se houve problemas no passado, esses devem ser corrigidos e medidas devem ser tomadas para evitar que se repitam. O que não é admissível é simplesmente se decretar o fim da empresa.
O destino da Dersa e eventual reformulação em sua atuação devem ser objeto de discussão séria e consequente, com a devida participação de seu corpo técnico, reconhecidamente qualificado e comprometido com o interesse público. O Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP) está à disposição para colaborar com esse debate.
Murilo Pinheiro
Presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (SEESP)