O grupo que o pautará no Fórum Social São Paulo – a se realizar em 29 e 30 deste mês, na Faculdade Zumbi dos Palmares, na Capital – reuniu-se no dia 18 último, no auditório do SEESP. O tema deve estar presente durante todo o primeiro dia, em atividades autogestionadas e oficinas. A ideia é tirar ações conjuntas para enfrentar esse que é um dos grandes desafios da megalópole. Entre os assuntos a serem contemplados, tarifa zero para o transporte público e investimentos sobretudo em sistemas de média e alta capacidade, plano de mobilidade urbana, ciclovias, orçamento para a área e prioridades.
Em consonância com a pergunta central colocada para o fórum como reflexão – “o que fazer para que o interesse público e os direitos dos cidadãos e cidadãs de São Paulo prevaleçam sobre os interesses do lucro e do dinheiro?” –, a proposta é, de acordo com Chico Whitaker, membro do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial, questionar a lógica que tem também norteado as decisões relativas à mobilidade, de priorização do transporte individual sobre o coletivo.
Pensar ações
A partir dessas discussões e do compartilhamento propiciado pelo FSSP, a ideia é que se pense o que fazer para melhorar a cidade. A iniciativa em São Paulo é parte, como enfatiza Whitaker, do Fórum Social Mundial, iniciado em 2001. Segundo sua explicação, trata-se de “espaço de encontro entre pessoas e organizações que acham que o mundo tem que mudar, não pode continuar o domínio do capital”. Ainda na sua opinião, propõe uma nova cultura política e contribui para mobilizações em âmbito global, ao difundir e conscientizar de que dá para promover transformações por um outro mundo. “Numa perspectiva de construir uma sociedade civil articulada em nível planetário, isso pode ser feito também em nível local”, complementa Whitaker. Sob essa ótica, afirma, aqui se diz: “Uma outra São Paulo é possível, necessária e urgente.” Mais informações sobre o FSSP no site http://forumsocialsp.org.br.