Agência Sindical
Lançada em Brasília nesta quarta-feira (20/3) a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência Social. O evento, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara, teve também forte presença das entidades sindicais de trabalhadores.
A Frente já conta com assinaturas de 171 deputados e 27 senadores. O lançamento reforça o protesto nacional desta sexta (22) contra a emenda à Constituição e promete oposição ao projeto que ataca direitos e conquistas. Junto com o lançamento aconteceu o Seminário “PEC 06/2019: O desmonte da Previdência Social Pública e Solidária”.
Foto retirada do boletim Agência Sindical
Sindicalismo
"Muitos sindicalistas, de diversas categorias, estiveram presentes. A meta da Frente é barrar a aprovação da reforma", afirmou Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins. "Um dos pontos que defendemos é o movimento ir às bases. É preciso conscientizar os trabalhadores e também obter o apoio da sociedade", ele explicou.
O presidente da CTB, Adilson Araújo, falou das maldades da PEC, principalmente para as mulheres. "A proposta ataca duramente as trabalhadoras. Além de uma jornada dupla, e às vezes até tripla, elas terão de trabalhar e contribuir por mais tempo e vão receber menos. É isso que temos de mostrar para a população", destacou.
Para Édson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical, "a reforma só irá atender meia dúzia de empresários milionários”. E mais: “Essa proposta desemprega e tira um trilhão de reais da economia".
O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas, denuncia que visam transformar o povo em escravo. "Querem um genocídio, como estão fazendo no Chile", externou a liderança.
Antônio Neto, presidente da CSB, citou a propaganda enganosa que o governo Bolsonaro e equipe econômica difundem na mídia. "Precisamos desmentir a narrativa do governo de que a Previdência é insustentável. É mentira!", afirmou.
Parlamentares
A Frente é coordenada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e o deputado André Figueiredo (PDT-CE). Paim destaca a composição ampla. "Temos mais de 100 entidades colaborando para que esse ato aconteça. A Previdência não é do sistema financeiro, é do povo brasileiro", diz. O senador citou encontro com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux: "O vice-presidente do STF disse que Seguridade é cláusula pétrea e não pode ser retirada da Constituição", conta.
Durante todo o dia, especialistas debateram com parlamentares e sindicalistas os pontos que retiram direitos de trabalhadores, mulheres, aposentados e pensionistas.
Mais informações: www.frenteparlamentardaprevidencia.org