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30/05/2019

Pesquisa aponta as tragédias previdenciárias do País

Comunicação SEESP

 

A pesquisa chamada “Pequeno atlas da tragédia previdenciária brasileira”, da Universidade Federal de Goiás (UFG), torna ainda mais claro o que especialistas do mundo do trabalho já alertam referente à Nova Previdência (PEC 6/2019), que na ilusão da diminuição de “privilégios”, os pobres serão os mais prejudicados.

 

Encabeçado pelo professor Tadeu Alencar Arrais, da UFG, e a doutoranda Juheina Lacerda Viana, o pequeno atlas traça um panorama da população brasileira e dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Mais de 35 milhões de benefícios, correspondendo a R$535 bilhões, foram destinados à população em 2018, destaca o texto, um INSS “do tamanho do Brasil”.

 

Na lógica da pesquisa, com o aumento do trabalho informal, fica ainda mais difícil que os jovens de hoje possam futuramente se aposentar, sendo que esse tipo de trabalho está ligado a boa parte da população que “luta para se alimentar e se vestir e, com isso, de forma penosa, reproduzir suas vidas (...) essa parcela de habitantes sequer tem tempo para pensar no futuro”. Nesse sentido, segundo a pesquisa, a reforma proposta oculta o fato de que os mais pobres se tornarão ainda mais pobres quando forem mais velhos.

 

“A nova previdência decreta a morte da expectativa da mobilidade social para uma parte significativa da população brasileira que, hoje jovem, desiludida com a política representativa e vivendo de empregos precários, terceiriza as decisões sobre o seu futuro para políticos que, não raro, foram financiados pelo sistema financeiro e pelas corporações interessadas em gerir os bilionários recursos do INSS.”, destaca o texto.

 

Com mapas e gráficos que ilustram a realidade dos beneficiários no País e da arrecadação do sistema, a pesquisa desmonta o argumento de déficit na Previdência. Em 2018, somente de arrecadação própria, ou seja, do trabalhador em regime de CLT, atingiu o valor de R$ 384 bilhões de reais, conforme dados da pesquisa, ressaltando que entra, ainda, nesta conta a arrecadação pelos recursos da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), contribuição sobre a receita de concursos de prognósticos, fora as contribuições de Regime Próprio de Previdência Social (RPPS).

 

O atlas ainda mostra que benefícios pagos em 2018 estão no valor, em sua maioria, de um salário mínimo. Que, a partir da proposta de reforma, os valores ainda tendem a diminuir, aumentando a desigualdade social já presente no País. “Uma política previdenciária justa deveria reconhecer e lutar para combater essas desigualdades”, critica.

 

E coloca: “Como disse o vilão Thanos, na ocasião do confronto com o Capitão América, no recém-lançado Vingadores: ultimato, que atraiu milhões de jovens para o cinema, é fácil tirar das pessoas aquilo que elas não sabiam que tinham. Quando esses milhões de jovens, fascinados pela ficção, descobrirem o que perderam, talvez seja tarde demais e terão, com consternação, que aceitar as migalhas que lhes serão ofertadas sob o rótulo de Nova previdência”.

 

 

>>> Clique aqui e confira na íntegra o “Pequeno atlas da tragédia previdenciária brasileira”.

 

 

 

 

 

 

 

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