Comunicação SEESP*
Com o fim do recesso parlamentar, a proposta de reforma da Previdência (PEC 6/2019) volta à pauta da Câmara dos Deputados, com sessões para discussão e votação, em segundo turno, já previstas para esta terça-feira, 6/8.
Sindicatos de diversas categorias e trabalhadores estão nas ruas em mobilização contra a reforma, apontada por especialistas como prejudicial à aposentadoria digna. As ações fazem parte do “Dia Nacional de Atos e Mobilizações contra a 2ª votação da reforma da Previdência”.
Em Brasília, houve protestos na entrada da Câmara. No aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, trabalhadores manifestaram-se contra a reforma, somando-se à pressão aos deputados para que votem contra a PEC.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região realizou assembleias nas fábricas na manhã desta terça-feira para conscientização dos profissionais em se contrapor às mudanças propostas pelo governo Bolsonaro nas regras da aposentadoria.
A tarde, os metalúrgicos unem-se a ato convocado pelas centrais na Avenida Paulista, na Capital, que tem início marcado para as 17h, em frente ao vão do Masp.
A previsão do presidente da Câmara, conforme relatado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), é concluir o segundo turno até dia 8/8. Serão necessários no mínimo 308 votos pra aprovar texto principal e emendas. O governo conseguiu na primeira votação 379 apoios. Somente após a tramitação na Câmara é que a reforma será enviada ao Senado.
Segundo análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o projeto de reforma da Previdência proposto pelo governo federal reduz substancialmente o valor dos benefícios previdenciários, retarda o início da aposentadoria e restringe o alcance da assistência social.
*Com informações do Dieese, Diap, CSP-Conlutas e Rede Brasil Atual.