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O presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, falou, em entrevista à TV Agência Sindical, sobre a trajetória do SEESP, que completa 85 anos no próximo dia 21.  Para marcar a data, o sindicato lançou neste mês  edição comemorativa do Jornal do Engenheiro, exibida durante o programa. 

Para Murilo, o otimismo e a determinação são essenciais para enfrentar a atual crise pela qual passam as entidades sindicais: “Nós temos que lutar, temos que trabalhar. Eu acredito que as coisas podem melhorar, mas só com luta, com discussão, com participação”.

Ao ser questionado sobre o significado de presidir uma entidade que completa 85 anos, Murilo falou primeiramente da “satisfação e orgulho”.  “Por outro lado, é uma responsabilidade enorme. Temos profissionais de todas as áreas da engenharia, 400 diretores, 800 delegados, mais de 60 mil associados, 220 mil representados”.

Em relação à precarização do trabalho e do financiamento dos sindicatos, com a reforma trabalhista, Murilo advertiu que “todos os sindicatos do País estão sendo torpedeados, tanto pelo governo, quanto pela mídia”. “Nós somos atingidos também. Claro que estamos trabalhado na direção do crescimento, desenvolvimento, da discussão em cima dos temas, não generalizando a situação, até porque isso deixaria tudo igual. Estamos atuando cada vez mais nas questões de interesse da categoria e da população, como neste momento que está sendo construído um documento sobre os cortes das bolsas de pesquisa no País, também criamos uma bolsa de empregos e o Núcleo Jovem Engenheiro para atrair as novas gerações da categoria”.

O presidente do SEESP também falou de uma estratégia adotada pela entidade para influir nos acontecimentos do País neste momento: “Para mim o caminho é o parlamento. Todos os sindicatos deveriam estar conversando com o maior número possível de parlamentares, discutindo as questões de real importância para o cidadão, a tecnologia, a manutenção dos investimentos na ciência, para o desenvolvimento, para o emprego, para uma vida melhor para todos nós. Então temos que levar nossa indignação e nossas propostas aos parlamentares. E temos feito de uma forma que não apresentamos só a crítica, apresentamos soluções”.

Confira a entrevista: