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04/01/2012

CUT aponta mobilizações pela valorização do trabalho em 2012

Demais centrais criticam uma das propostas cutistas, de por fim ao imposto sindical, considerado fonte de financiamento e autonomia do movimento sindical brasileiro

       Artur Henrique, presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), fala sobre as grandes bandeiras defendidas pela central em 2011: luta contra a terceirização, redução da jornada de trabalho, fim do fator previdenciário, liberdade e autonomia sindical, entre outras. Em 2012, a CUT continua a mobilização em defesa de um desenvolvimento com distribuição de renda e valorização do trabalho.

        CUT é a única central a defender o fim do imposto sindical. Todas as demais centrais defendem a contribuição sindical como um meio importante de manter a autonomia do movimento.

       Segundo Adauto de Oliveira Duarte, diretor de relações trabalhistas da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e também da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o fim do imposto sindical seria "desastroso" para sindicalistas e para empresários. "A unicidade sindical, para os dois lados, é muito importante, ao definir os atores que sentarão à mesa de negociação", afirmou.

       O deputado Laércio Oliveira (PR-SE), vice-presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), também defendeu o imposto sindical. "Tenho extremo orgulho do modelo atual, que permite a boa atuação dos sindicatos, e, do lado patronal, o excelente funcionamento do Sistema S", afirmou.

       Duarte e Oliveira foram efusivamente aplaudidos pelo auditório lotado de sindicalistas da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) - a única das seis cuja sede nacional fica em Brasília.

       O presidente da NCST (Nova Central Sindical dos Trabalhadores), José Calixto, criticou indiretamente a CUT e sindicatos como o dos metalúrgicos do ABC, filiado à CUT, que desde o início dos anos 90 devolve ao Ministério do Trabalho os recursos a que têm direito do imposto sindical.

       "O fim da contribuição sindical desmantelaria todo o movimento sindical brasileiro, a exceção de alguns poucos sindicatos que conseguem viver sem, por meios que ninguém sabe entender como", afirmou Calixto.

 



(Fonte: Rádio Brasil Atual)
www.fne.org.br





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