João Guilherme Vargas Netto*
Das muitas atividades dos sindicatos e dos trabalhadores em defesa da vida, dos empregos e da renda que constituem o dia a dia de suas labutas, quero destacar duas ações de solidariedade que servem de exemplos edificantes da capacidade de ação sindical.
Na fria noite paulistana do último domingo os diretores do sindicato dos metalúrgicos e seus familiares fizeram pessoalmente a distribuição de lanches e achocolatados aos infelizes moradores de rua da Cracolândia, auxiliados pelo pastor Aranilton. O drama humano foi, nesta noite, amenizado, mas permanece a necessidade de ações solidárias de responsabilidade dos poderes públicos.
E em Curitiba uma outra demonstração comovente de engajamento solidário: os 747 metalúrgicos da Renault demitidos e reintegrados depois de três semanas de greve e da luta unitária do sindicato se cotizaram e distribuíram cestas básicas para pessoas carentes em situação de dificuldade (cada metalúrgico doou uma cesta básica).
Ambos os exemplos podem não ser quantitativamente relevantes (mesmo que possam frutificar em muitas outras iniciativas), mas têm uma qualidade incomensurável, do tamanho de um coração.
*Consultor sindical