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15/10/2020

Empreendedorismo, inovação e carreira profissional

 

Comunicação SEESP / Soraya Misleh

 

Nesta quarta-feira (14/10), o SEESP trouxe em sua live semanal o tema “Empreendedorismo, inovação e carreira profissional”. A transmissão online ocorreu pelo canal do Instagram da entidade (oportunidades_na_engenharia).

 

O sindicato está antenado com o assunto e desenvolve trabalhos em sua área de Oportunidades na Engenharia na direção de auxiliar e orientar seus representados a respeito.

É o que destacou logo ao início Marcellie Dessimoni, que apresentou a live e é coordenadora do Núcleo Jovem Engenheiro do SEESP. Este setor tem também se dedicado a abordar a questão e trazer informações aos estudantes e recém-formados em engenharia.  

 

A atividade contou com a participação do especialista em gestão da inovação Daniel Rodrigues, sócio-diretor da Pieracciani Desenvolvimento de Empresas. Administrador de empresas com mestrado em Empreendedorismo e Inovação pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEAUSP), ele – que tem apenas 35 anos de idade – atua na Pieracciani desde 2009, tendo iniciado na empresa ainda durante a graduação, como estagiário. Ali desenvolveu a experiência em estratégia e gestão da inovação, por esses meios, “ajudando as empresas a se tornarem competitivas”.

 

Marcellie Dessimoni e Daniel Rodrigues, na live. (Reprodução Instagram)

 

“O empreendedorismo está muito em alta, há um anseio em montar o próprio negócio, esse caminho é sempre uma boa alternativa”, defendeu Rodrigues, para quem são dois os motivadores: necessidade e oportunidade, quando a pessoa vislumbra um nicho de mercado.

 

Neste último caso, é preciso conhecer bem a área em que o profissional vai atuar. “Pode-se ter ótima tecnologia, uma ideia muito boa, mas é preciso pensar no modelo do negócio. Isso que vai gerar valor, no fim das contas”, vaticinou.

 

Segundo o especialista, as universidades têm percebido esse filão e se atualizado. “Quando me formei, em 2011, não havia nenhuma disciplina em empreendedorismo e inovação. Agora já tem em algumas turmas na graduação”, corroborou, lembrando que há inclusive núcleos em faculdades de engenharia voltados ao tema.

 

Rodrigues fez questão de ressaltar que é “mito” a ideia de que inovar é para poucos gênios, que já teriam nascido com esse dom. “É possível adquirir as competências necessárias para tanto, que são de descoberta, ser questionador, saber associar coisas que aparentemente não têm conexão entre si e podem gerar inovação, assim como ter um olhar diferenciado para as oportunidades. Transformar a inquietude, o desafio em sua pérola”, salientou.

 

 

Empresa tradicional x exponencial

 

Dessimoni trouxe a questão sobre resistência a mudanças em algumas organizações tradicionais e, na outra ponta, as chamadas empresas exponenciais. Para o sócio-diretor da Pieracciani, de fato, há companhias “tão enraizadas que acabam eliminando as chances de inovar, por esse sistema de imunidade à mudança. E surgem outras novas, as exponenciais, mais flexíveis, que deixam aquelas empresas tradicionais e burocráticas para trás, cujo processo pode vir a acontecer pela busca de sobreviver no mercado, mas de forma mais lenta e dolorosa”.

 

Na era da globalização e em um mundo digital, as empresas "exponenciais" ganham em tempo e velocidade, como reforçou o especialista. “Tem também a questão de valorizarem muito a vida pessoal e garantirem aos profissionais capacitação constante, os quais são intraempreendedores, sem muito apego pela carreira e para os quais muitas vezes não bastam título e remuneração, mas o propósito. Querem poder sugerir melhorias à empresa, investir nas suas ideias, ter tempo para estudo, obter crescimento”, acrescentou.

 

Essas peculiaridades, além de valores como entender o erro em uma busca por inovar como aprendizado e assegurar um bom sistema de gestão do conhecimento, na sua concepção ainda, garantem a cultura de inovação na empresa, tornando-a “ambiente seguro para testar e prototipar ideias”. Ele completou: “Isso tem que vir de cima, da liderança.”

 

E sobretudo, uma solução inovadora ou experiência significativa se dá, asseverou, “quando se colocam as pessoas no centro, o ser humano para o qual o produto, serviço ou negócio é oferecido”.  

 

Dessimoni concluiu: “Fazer parcerias, correr riscos, inovar e empreender fazem parte da vida.” Ela chamou os engenheiros a visitarem a Casa do Engenheiro – plataforma de vantagens aos filiados ao sindicato – e “fazerem parte desse time”, associando-se ao SEESP.

 

Assista:

 

 

 

 

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