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05/08/2021

Dieese aponta que 52% dos reajustes resultaram em perdas salariais, em julho

Comunicação SEESP*

Laerte sem aumento realO saldo das negociações ainda está muito negativo para os trabalhadores. É o que mostram os indicadores atualizados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no boletim De Olho nas Negociações, de julho. De janeiro a junho, 52,3% dos reajustes salariais ficaram abaixo da inflação, resultando em perdas salariais, sempre na comparação com o INPC do IBGE. Quase um terço (31,2%) conseguiram recompor as perdas inflacionárias e 16,5% dos reajustes tiveram ganhos reais.

A variação real média em 2021, em relação ao levantamento anterior, ficou estável (-0,67%) e 50% dos reajustes analisados apresentaram perdas iguais ou superiores a -0,03%. Na análise preliminar, 50% dos resultados tinham perdas equivalentes ou maiores que -0,18%.

Todos os setores analisados apresentaram melhora nos resultados das negociações dos reajustes em relação ao levantamento anterior. Na indústria, reajustes acima do INPC alcançaram 24,9% do total do segmento. No comércio e nos serviços, ganhos reais foram observados em cerca de 12% dos casos. Já as perdas reais foram mais frequentes nos serviços (em 65,3% dos casos). Reajustes em percentuais iguais ao INPC-IBGE foram mais constantes no comércio (54,5% dos casos).

Rodolfo Viana, economista do Dieese, avalia: “Além da perda salarial, o desemprego é muito alto e a inflação sobe. A taxa de juros, a conta de luz e os combustíveis também aumentam, o que eleva os custos de produção e pressiona a inflação”.

Afora isso, há a sazonalidade típica do frio. “As geadas geram perdas para os produtores e aumentam os preços dos hortifruti. A queda nos preços leva de dois a três meses”, explica o economista.


Vacina

Alguns segmentos abriram vagas. O setor metalúrgico paulista gerou 37.900 no semestre. Porém, segundo Rodolfo Viana, “pra retomar o patamar de dezembro de 2013, seria preciso criar 410 mil vagas no setor em todo o País”. O avanço da vacinação ajuda a economia, mas o ritmo lento retarda a melhora nos resultados.

Sindicalismo

A crise põe o movimento na defensiva. Uma saída são os acordos de Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) das empresas. “Mas esse avanço acontece só em alguns segmentos”, observa o economista do Dieese.

Acesse a íntegra do Boletim De olho nas negociações


*Com Agência Sindical


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