logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

25/11/2021

Engenharia para prevenir acidentes e salvar vidas

Dia 27 de novembro celebra-se o Dia do Engenheiro de Segurança do Trabalho.

 

Rosângela Ribeiro Gil
Oportunidades na Engenharia

 

A Engenharia de Segurança do Trabalho tornou-se uma das principais preocupações da sociedade moderna, ao lado da gestão da saúde e do controle ambiental. A prevenção de acidentes é parâmetro importante em qualquer projeto ou empreendimento, envolvendo a redução dos altos custos humanos e materiais e melhoria da produtividade e qualidade de vida dos colaboradores. Conforme disposições legais, as empresas devem manter em seus quadros, profissionais de engenharia, arquitetura e agronomia especializados em engenharia de segurança, saúde e higiene do trabalho.

 

Eduardo prof IMT 600Professor Eduardo Linzmayer é coordenador do curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT). Crédito: Acervo pessoal.

 

A modalidade é uma especialização normatiza pelo Parecer nº 19/1987, do Conselho Federal de Educação, que fixou “um currículo básico único e uniforme para a pós-graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, independentemente da modalidade do curso de graduação concluído pelos profissionais engenheiros e arquitetos”. E a Lei 7.410, de 27 de novembro de 2918, dispôs sobre a Especialização de Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho, entre outras providências. A partir desse entendimento, o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) aprovou, também em 1987, a Resolução nº 325 que define e atividade como de “prevenção de riscos nas atividades de trabalho com vistas à defesa da integridade da pessoa humana”. A palavra de ordem deste profissional, faz questão de destacar o professor, é prevenção.

O Brasil tem 65.789 engenheiros de segurança do trabalho, sendo 52.382 homens e 13.407 mulheres.

 

O professor Eduardo Linzmayer é coordenador do curso de Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), instituição de ensino que fica no Grande ABC Paulista. Ele é engenheiro de produção e dedicou parte de sua carreira profissional às área de produção, manutenção e segurança do trabalho, “considero estar coordenador como reconhecimento à minha trajetória que primou pela correção e respeito aos preceitos desta área de atuação”.

 

Para quem está pensando em fazer uma pós na área, Linzmayer explica que o profissional da área executa projetos, estudos, laudos técnicos e gerencia sistemas de segurança e saúde do trabalho (SST) e em meio ambiente. “O objetivo sempre é que as nossas ações previnam riscos e acidentes, ou seja, o nosso maior patrimônio é garantir a vida humana em todos os locais e ambientes”, defende.

 

Lorena EngST IMT 400A engenheira ambiental Lorena Fernandes Cabral viu na pós uma oportunidade de ampliar conhecimentos para atuação em sua área. Crédito: Acervo pessoal.As mudanças econômicas e sociais constantes têm reflexo direto no mundo do trabalho e nos espaços urbanos coletivos, é um cenário, diz o professor, que implica estar atualizado e estudando sempre. “É constante esse aprendizado, assim como a implantação e adequação de escopos legais”, destaca o coordenador do IMT. Foi com essa perspectiva que a especialização chamou a atenção da engenheira ambiental Lorena Fernandes Cabral. Ela entrou no curso do IMT em janeiro de 2020, aos 26 anos de idade, e a previsão para a conclusão do curso é em julho de 2022. “Decidi fazer a pós, pois percebi que seria um diferencial no mercado de trabalho, aumentando as oportunidades de trabalho. Além disso, sempre foi uma área que tive contato e interesse dentro do escopo de minha função, pois normalmente as vagas integram a área de Meio Ambiente junto à Segurança”, explica Cabral.

 

Para ela, a engenharia de segurança do trabalho é a área que, por meio de soluções estratégicas, trabalha na prevenção de acidentes e doenças do trabalho e em busca de uma melhor qualidade de vida aos trabalhadores. “A área une os objetivos da companhia com a proteção aos trabalhadores, sempre de forma embasada por legislações ou outros documentos técnicos”, ensina.

 

A importância da atividade foi explicitada ainda mais com a crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Uma situação, como lembram professor e discente, que trouxe a urgência de pensar novos protocolos para os espaços laborais, urbanos e coletivos. De repente, como observa o coordenador do IMT, tudo teve ser “zerado” e a ciência e a técnica precisaram se reinventar de forma emergencial para dar respostas à sociedade, “porque a nossa atuação está muito ligada à vida e à segurança de ambientes e das pessoas”.

 

Nesse sentido, é uma formação que exige, como explica Linzmayer, que “abordemos, em sala de aula, disciplinas de psicologia e comunicação, noções de Direito do Trabalho e Previdenciário. “É um profissional que deve atuar com uma visão ampla e humana em relação à sociedade”, endossa o docente. Cabral afirma que o seu “aprendizado tem sido enorme no curso. É possível tirar dúvidas práticas e trocar experiências. O que mais me chamou atenção ao escolher o curso da Mauá foi a grade curricular diferenciada da grande maioria dos cursos. E o que me chama mais atenção atualmente é a atuação engajada da direção do curso para garantir a satisfação dos alunos”.

 

A engenheira ambiental já elaborou, em conjunto com outro profissional, o artigo científico chamado “Síndrome de Burnout: ameaça à saúde do trabalhador”, publicado na revista Estácio, no primeiro semestre deste ano. No documento, indica-se que a síndrome de Burnout “caracteriza-se por acometer trabalhadores que sofreram “esgotamento profissional”, estando sua ocorrência relacionada à exposição contínua a estressores emocionais e interpessoais ocupacionais”.

 

Cabral entende que para ser um bom engenheiro de segurança do trabalho é necessário se preocupar de verdade com a vida das pessoas, exercer a função com ética e “atuar com foco prevencionista para manter a segurança dos colaboradores no dia a dia e que busca soluções técnicas e economicamente viáveis para uma melhor qualidade de vida para os trabalhadores”.

Você sabia que o SEESP oferece:

I - Orientação à carreira
O SEESP mantém a área Oportunidades na Engenharia que atende estudantes e profissionais da área na parte de orientação à carreira, com diversas ações, entre elas: atendimento personalizado (serviço exclusivo para estudantes e profissionais associados ao SEESP) com análise de currículo, orientação de LinkedIn, simulação de entrevista, dicas atuais sobre processos seletivos online e presenciais, elaboração de trilha de carreira e de estudo etc. O setor mantém, ainda, plataforma de divulgação de vagas de estágio e outras oportunidades; cadastro de autônomos; conteúdos atualizados sobre mercado de trabalho; noções gerais de redação e português.  Para auxiliar estudantes e engenheiros na hora de formatação do currículo, também tem o Mapa da profissão, com informações de legislação, mercado, palavras-chave para cada modalidade da engenharia etc..

II - Associação para os estudantes
O estudante de Engenharia também pode se associar ao SEESP e usufruir de diversos benefícios, inclusive de desconto na mensalidade da faculdade, caso esta seja conveniada ao sindicato. Saiba mais aqui.


III - Núcleo Jovem Engenheiro
Foi criado um espaço bem bacana para os estudantes e recém-formados na área para discutir questões específicas. É o Núcleo Jovem Engenheiro, saiba como participar, clicando aqui.

 

Disciplinas – Carga horária
1. Introdução à Engenharia de Segurança do Trabalho................................................ 20

2. Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações ........ 80

3. Higiene do Trabalho................................................................................................ 140

4. Proteção do Meio Ambiente...................................................................................... 45

5. Proteção contra Incêndio e Explosões ..................................................................... 60

6. Gerência de Riscos .................................................................................................. 60

7. Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento.................. 15

8. Administração Aplicada à Engenharia de Segurança............................................... 30

9. O Ambiente e a Doenças do Trabalho .................... ................................................ 50

10. Ergonomia .............................................................................................................. 30

11. Legislação e Normas Técnicas ............................................................................... 20

12. Optativas (Complementares) ................... .............................................................. 50

Total ...........................................................................................................................  600

Parecer do Conselho Federal de Educação nº 19/1987

 

 

Lido 1716 vezes
Gostou deste conteúdo? Compartilhe e comente:
Comentários  
# Seg. do Trabalho/Ind. Mec.Antonio Luis Rossi N 23-11-2021 12:48
Prezados,
Sugiro matéria informando os Engs. de Segurança sobre as principais e recentes alterações sobre a legislação referente à área de Engenharia de Segurança (CLT, NRs, outras). Obrigado. Abraços.
Responder
# RESPOSTAComunicação SEESP 23-11-2021 12:58
Olá, engenheiro, Antonio Luis, muito obrigado pela sugestão. À disposição.
Responder
# Seg. do Trabalho/Ind. Mec.Antonio Luis Rossi N 23-11-2021 12:45
Prezados,
Sugiro matéria (mesmo que dividida em jornais diferentes) sobre as últimas e principais alterações sobre a legislação (CLT e NRs) referente à área de Engenharia de Segurança. Seria muito útil para as centenas de Engs. de Segurança que acompanham os informativos do SEESP. Obrigado e abraços.
Responder
Adicionar comentário

Receba o SEESP Notícias *

agenda