Comunicação SEESP

O presidente do SEESP, Murilo Pinheiro, recebeu em seu programa “No Ponto”, nesta quinta-feira (24/3), Ivani Contini Bramante, desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) – 2ª. Região. Na pauta um bate-papo sobre o cenário atual e os desafios do mundo sindical e trabalhista. A transmissão quinzenal ocorre sempre ao vivo pela página do sindicato no Facebook e canal no Youtube.

No ensejo, Murilo lembrou que as campanhas salariais dos engenheiros já tiveram início e acontecem de forma constante durante todo o ano, embora a data-base de 1º. de maio – e, no caso das energéticas, 1º. de junho – concentre a maior parte dos setores em que atuam esses profissionais.

Ivani observou as dificuldades para se alcançarem reajustes e mesmo reposição inflacionária depois de mais de dois anos de pandemia. Ademais, revelou que a Covid-19 acelerou transformações “que vieram para ficar” no mundo do trabalho, processo em franco desenvolvimento. “Novas formas de produtividade e organização aparecem, além de novos tipos de empresas com a inovação tecnológica. Algumas categorias estão perecendo, outras nascendo ou renascendo na modalidade autônoma”, frisou a desembargadora, constatando que a engenharia também se enquadra nesse movimento, sobretudo nas áreas de Tecnologia da Informação e Inteligência Artificial.

“O novo sindicato deve se adequar, inclusive aderindo às novas tecnologias. Há necessidade de expandir a representatividade”, complementou Bramante. Na sua ótica, é preciso incluir nas suas práticas a telemática, o uso de apps e a comunicação direta telepresencial. Murilo lembrou que nessa direção o SEESP tem buscado realizar amplas assembleias gerais dos engenheiros. Dificuldade pontuada pela desembargadora é a “sangria” nos cofres dessas entidades com a reforma trabalhista. E deu algumas dicas, como garantir contribuição assistencial, ações como qualificação ou requalificação profissional e programas de benefícios e serviços, além de uma “política aberta, franca e combativa no processo associativo”. O sindicato tem adotado essas recomendações.

Outro tema também trazido por Murilo foi quanto à necessária igualdade de gênero. Bramante salientou que “um dos objetivos da Agenda 2030 da ONU [Organização das Nações Unidas] é a não discriminação e inserção ou inclusão da diversidade”. Ela observou que o Judiciário também tem buscado isso. Também ressaltou que é preciso conscientização de trabalhadores a partir do chão de fábrica e nas escolas desde o primário.

Confira o No Ponto com a participação de Ivani Bramante na íntegra: