Em audiência pública que discutiu a segurança no trabalho, na Comissão de Direitos Humanos do Senado, realizada nesta quinta-feira (15/03), representante do frigorífico Marfrig classificou o acidente que matou quatro empregados em curtume do grupo, em janeiro último, como “fatalidade”. O vice-presidente do SEESP e presidente da Apaest (Associação Paulista de Engenheiros de Segurança do Trabalho), Celso Atienza, em entrevista ao site do Sindicato, contesta afirmando que não existe fatalidade em acidentes de trabalho.
Atienza explica que o termo “fatalidade” é usado como desculpa para justificar a irresponsabilidade gerada a partir da não observância de normas técnicas. “Fatalidade não pode ser considerada como imprevisão. Todo acidente é previsível.”
O dirigente orienta que todas as empresas devem adotar medidas preventivas por meio de Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho, que deve ser elaborado por um engenheiro de segurança do trabalho. Mas adverte: “não basta apenas fazer o programa, é fundamental que ele seja adotado e que todos observem e cumpram suas determinações.”
Rosângela Ribeiro
Imprensa – SEESP
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