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25/04/2023

Engenharia em Perspectiva entrevista o professor Gildo Magalhães

 

Comunicação SEESP

 

O programa web semanal “Engenharia em Perspectiva”, que tem o apoio do SEESP, entrevistou na última quinta-feira (20/4) o  professor titular da Universidade de São Paulo (USP) Gildo Magalhães.

 

Apresentado por Renato Vargas, o programa nesta edição abordou a importância das humanidades na engenharia, retomando discussão que foi objeto do artigo “Uma reforma radical da engenharia”, que Vargas escreveu em coautoria com Magalhães ainda em 1999.

 

“Colocávamos no centro das atenções a necessidade de preparar os engenheiros para enfrentar os desafios sociais do Brasil – tão importantes quanto os desafios tecnológicos –, por meio de uma defesa da inclusão de disciplinas humanísticas no currículo das escolas de engenharia, em contraposição à crescente especialização dos currículos: ‘Não há dúvida de que a prosperidade da nação dependerá fortemente da capacidade de seus engenheiros conseguirem relacionar os conhecimentos técnicos com a compreensão da sociedade, bem como da política, economia e meio ambiente. A prática da engenharia requer a síntese e a aplicação do conhecimento adquirido num grande número de campos técnicos e não técnicos, todos num contexto de pressões sociais. Por esse motivo, a crescente especialização técnica se opõe à natureza complexa e transdisciplinar de uma resolução satisfatória dos problemas que a engenharia contemporânea exige (Magalhães, Vargas; 1999)’.”

 

Vargas destaca que “passados mais de 20 anos desta publicação, muito pouco foi feito nessa direção, pelo contrário, houve a consolidação de conteúdos refratários ao estudo das humanidades e um discurso reiterado de criação de currículos especializados e ‘adequados ao mercado’ desde os primeiros anos do curso de engenharia”.

 

Na entrevista disponibilizada abaixo, o professor Gildo Magalhães reafirma a importância das humanidades na formação do engenheiro como uma forma de ampliar os horizontes de conhecimento e assim prepará-lo para trabalhar nas diferentes dimensões do desenvolvimento, que vão além da tecnologia; estendem-se sobre a necessidades econômicas e sociais de um país estagnado sob a marca brutal da desigualdade.

 

Confira na íntegra:

 

 

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