Comunicação SEESP
Construção de edifícios em escala industrial. Este é o projeto de construção de 20 “fábricas de prédios” entre 2026 e 2029. A primeira delas, em Cascavel (PR), já está pronta e foi inaugurada no dia 23 de fevereiro último. O diretor do SEESP Nestor Tupinambá prestigiou o evento.
Ele participou de visita técnica à unidade no dia anterior (22/2), a convite do empresário Francisco Simeão, que investiu R$ 4 bilhões na inovação, e do engenheiro Wesley Gomes, representante da subsidiária alemã Vollert do Brasil. Também esteve presente no ensejo a equipe de reportagem da revista Brasil Engenharia.
A inauguração contou com a participação do governador do Paraná, Ratinho Júnior; do prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos; e de muitas outras autoridades. Ao som da afinada Banda de Música da Polícia Militar foi servido coquetel de confraternização.
Inovação disruptiva
Assim Tupinambá define a empreitada: “Um avanço, como se fosse um ‘fordismo’ na área de construções prediais.” Ele relata: “Foi explicado o complexo e sofisticado processo construtivo. Uma montagem que depende de encaixes perfeitos entre as peças. Com paredes, em sua maioria, armadas.”
Segundo explicou Gomes, o processo quase inteiramente automatizado, com paredes autoportantes para a movimentação da fábrica ao local da obra, conferirá velocidade na construção. “Com essa mecanização o preço de venda ficará muito mais acessível às pessoas de baixa renda”, constata o diretor do SEESP.
“Uma verdadeira linha de produção, em que prédios serão rapidamente levantados. O processo principal se dá na ‘fábrica’, em enormes espaços onde serão feitos os componentes dos edifícios”, frisou ainda Tupinambá. E complementou: “Os três modelos básicos estavam lá expostos mostrando um acabamento perfeito. O próprio processo construtivo propicia essa qualidade.”
Ele observa a importância do programa de treinamento dos funcionários, já que é necessário especialização e muito conhecimento do processo. Ainda conforme o diretor do SEESP, na exposição durante a visita técnica foi informado que o projeto visa atender à necessidade de habitação social: “Em Cascavel, por exemplo, os já inscritos na Companhia Municipal de Habitação terão preferência. Também já se iniciaram as tratativas com a Caixa Econômica Federal para se inscreverem as ‘fábricas’ no programa ‘Minha Casa Minha Vida’. Terão preferência os já cadastrados.”
Tupinambá ressalta: “Os preços também foram informados. Apartamentos de dois quartos e 57m2 de área privativa serão vendidos a R$ 245mil. Apartamentos com 72m2 de área privativa, a R$ 350 mil. O top de linha terá três quartos, duas vagas na garagem e energia solar, orçado em R$ 540 mil. E serão financiados por 35 anos.”
Ele continua: “Os edifícios terão ainda uma conjugação de esforços para fortalecimento comunitário e sustentabilidade, através dos Eco Parques. O primeiro, em Cascavel, contará 5% de área verde. O condomínio deve, além disso, oferecer creches em tempo integral.”
O diretor do SEESP pontuou: “O empresário Simeão chama o empreendimento de ‘totalmente disruptivo’, com o que concordamos.” Além de Cascavel e outras cidades, as fábricas serão montadas em Curitiba, Campinas e São Paulo.
“Torcemos para que esse empreendimento dê certo e se expanda pelo País e, até, pela América Latina. Nossas populações sofrem pela falta de adequada habitação devido ao alto custo. A engenharia pode, e deve, ser usada para propiciar mais qualidade de vida e soluções inovadoras”, conclui Tupinambá.
Ele levou à visita técnica informações sobre as propostas apresentadas no projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” e a disposição do SEESP em contribuir ao desenvolvimento nacional sustentável com inclusão social.