*Comunicação SEESP
O desconforto e a dor comuns em exames de mamografia, fundamentais para prevenção ao câncer de mama e diagnóstico precoce da doença, podem estar com os dias contados. É o que propõe novo dispositivo para produção de imagens da mama desenvolvido por pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) e do Instituto Federal de São Paulo (IFSP).
Em entrevista ao Jornal da USP, Bruno Sanches, docente do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Escola Politécnica e pesquisador do Laboratório de Sistemas Integráveis, explica: “Ele funciona de forma similar a um sistema de radar, como a gente tem nos aviões ou os nossos carros modernos usam.”
Além de não exigir a compressão das mamas, conforme o professor, ainda, o aparelho, que pretende ser complementar a outros exames mais modernos, não exige a coordenação de um operador ou controles mais complexos.
Foto: José Cruz/Agência Brasil
Também apresenta capacidade superior de leitura dos tecidos, outra evolução em relação à mamografia tradicional – especialmente em casos de mamas mais densas, que costumam dificultar a visualização e podem gerar imagens de baixa qualidade, com aspecto “manchado”.
Assim, o sistema não só traz inovação em termos de bem-estar na realização do exame, como também permite uma melhor visualização de tecidos e suas especificidades, como gorduras, dutos, tecidos glandulares e câncer.
Praticidade
O pesquisador explica, na mesma entrevista, que o aparelho atua como um “bojo” de sutiã a ser utilizado pela pessoa que fará o exame. O sistema é de baixo custo e portátil, o que permite não estar sempre conectado à rede elétrica, podendo ser carregado em notebook ou power bank (dispositivo para este fim). Conforme a reportagem, outra versão do aparelho está sendo projetada, similar a um mamógrafo convencional.
O Brasil, ainda segundo a matéria, se encontra em fase avançada de desenvolvimento da tecnologia, e o projeto agora procura parceiros comerciais como iniciativa para a produção e realização de testes em pessoas.
*Com informações do Jornal da USP. Reportagem de Yasmin Teixeira sob supervisão de Cinderela Caldeira