Após participar de um debate sobre o cenário da Ciência e Tecnologia e Inovação na cidade de São Paulo com o pré-candidato do PT à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, o neurocientista Miguel Nicolelis disse ao site da FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) que o Brasil não pode prescindir das contribuições da engenharia para a inovação na sociedade, e que isto requer a formação de novos engenheiros que cubram um déficit de pelo menos 10% que hoje se faz sentir no país.
Perguntado sobre a relação entre a engenharia e seus projetos para a neurociência, de ajudar pessoas com dificuldades de locomoção a recuperar seus movimentos baseados na relação de suas pesquisas com a robótica, Nicolelis disse ser esta uma necessidade real, mas que se estende para toda a sociedade. "A engenharia é a base para a inovação, não só para a neurociência", disse ele.
Nicolelis demonstrou sua preocupação com o fato de o Brasil não aproveitar a “grande criatividade natural da sociedade para a produção científica”. Ele diz que só o país não faz isso, comparado a outras nações desenvolvidas ou em busca de desenvolvimento no mundo. “Nós fazemos isso na arte e em outros domínios, mas não democratizamos a produção científica.”
Na opinião do neurocientista, a formação de profissionais e pesquisadores para o desenvolvimento tecnológico e científico brasileiro deve merecer uma estratégia de educação científica já a partir da infância e isto deve se transformar em grandes políticas governamentais.
Imprensa – SEESP
* Informação do site da FNE