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09/12/2013

Conselho Consultivo da CNTU conta agora 600 membros

Em 6 de dezembro, último dia do 2º Encontro Nacional da Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados (CNTU), foram empossados 65 novos membros ao Conselho Consultivo da entidade. Agora, somam-se nesse fórum 600 lideranças de todo o País. O objetivo é alcançar mil nomes. Murilo Celso de Campos Pinheiro, presidente da confederação, destacou na ocasião sua importância: “Dará o norte à CNTU e nos ajudará a errar menos, indicará o caminho correto.” A posse ocorreu após homenagem aos 40 anos da Federação Nacional dos Médicos (Fenam), uma das organizações filiadas à entidade, que reúne ainda as categorias dos engenheiros, odontologistas, nutricionistas, farmacêuticos e economistas.

 

Allen Habert, diretor de articulação nacional da CNTU e coordenador do seu 2º Encontro Nacional, salientou que o grande projeto da confederação para os próximos anos é o Brasil 2022 – ao que a contribuição dos conselheiros será fundamental. “A FNE (Federação Nacional dos Engenheiros) pode colaborar também com essa iniciativa, agregando as propostas do ‘Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento’”, afirmou o coordenador desse último projeto, Fernando Palmezan Neto. Representando respectivamente as federações interestadual de nutricionistas e nacional dos farmacêuticos, as diretoras Zaida Maria Diniz e Lia Mello de Almeida ressaltaram a criação do Coletivo de Mulheres na CNTU, que realizará um encontro em 2014 para discutir a situação da mulher no trabalho, na saúde e na política. Assessor da Fenam e presidente do Sindicato dos Médicos de Caxias do Sul, Marlonei Silveira dos Santos apontou a importância da união das categorias representantes de profissionais universitários na defesa de interesses comuns. Ao encontro dessa visão, à mesa, representaram os conselheiros empossados Antônio Funari Filho, presidente da Comissão Justiça e Paz de São Paulo, Vera Lucia Allegro, da Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à Qualidade do Ar de São Paulo; e Sérgio Storch, coordenador da área de segurança cidadã da Rede Nova São Paulo.

 

 

Plenária

 

Na oportunidade, aconteceu ainda a 3ª Plenária do Conselho Consultivo da CNTU, com a presença de cerca de 150 pessoas. Foram feitas 32 intervenções. A necessidade de a confederação encampar a luta para resgatar a Secretaria de Engenharia e Medicina de Segurança do Trabalho junto ao Ministério do Trabalho e Emprego foi uma das preocupações levantadas por Celso Atienza, vice-presidente do SEESP. O engajamento à campanha contra os agrotóxicos e pela vida, uma das oito elencadas como prioritárias pela CNTU, foi outro tema abordado, pela conselheira Suzana Prizendt. Já a engenheira Cristina Palmieri e o presidente da Federação Interestadual dos Nutricionistas (Febran), Ernane Silveira Rosas, enfatizaram a importância da participação no Coletivo de Mulheres da entidade. E Rafael Rocha de Azeredo, presidente do Sindicato dos Nutricionistas de Alagoas, propôs a formação de outro, da juventude – o que já vem sendo discutido pela confederação. Conforme Paulo Ramos, o tema é premente. “Segundo o Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Avançada), o País perde R$ 79 bilhões por ano em homicídios de jovens, e 25% da população brasileira tem entre 15 e 29 anos.” Além de discutir esse grave problema social, que atinge sobretudo os pobres e negros, para o conselheiro – que é articulador do plano Juventude Viva, tocado pelo governo federal e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) –, é necessário discutir outros temas estruturais que afetam a juventude, como a questão do emprego. Nesse sentido, as questões que afetam essa parcela da população deverão tangenciar todas as proposições englobadas pelo projeto Brasil 2022.

 

Para a professora da Universidade de Brasília (UnB) Maria Rosa Abreu, a construção dessa iniciativa, rumo a um País mais justo no ano do Bicentenário da Independência, é o grande desafio, abarcando um conjunto de interesses para “solucionar problemas relativos à cidadania e à qualidade de vida”. Entre eles, citou o tema da mobilidade urbana – também objeto de campanha da CNTU –, cuja essencialidade foi reforçada na fala da economista Ceci Juruá, a qual indicou a importância de se retomar as ferrovias no País. Também acerca do tema, Sergio Scuotto, diretor da Delegacia Sindical do SEESP no Grande ABC, afirmou a importância de se pensar em um projeto para o transporte que não polua o ambiente: o motor elétrico.

 

Educação esteve ainda em pauta na plenária, com a coordenadora da União Brasileira de Mulheres (UBM) e secretária da Mulher do PCdoB, Ana Martins, salientando que é preciso, além de fome zero e desemprego zero, trabalhar para alcançar “analfabetismo zero”. “É parte da solidariedade dos que tiveram acesso ao conhecimento”, concluiu, lembrando que a interdisciplinaridade e multidisciplinaridade propiciadas no Conselho Consultivo são fundamentais para a busca de uma sociedade avançada.

 

Essa articulação dos diversos setores ao projeto de desenvolvimento nacional sustentável, em combate ao rentismo, foi destacada pela conselheira Lidia Correa. Alimentação e agricultura são pontos que não podem faltar no projeto Brasil 2022, segundo Marta Rezende, que propôs ainda uma comissão da inteligência coletiva como forma de “potencializar o diálogo à geração de ideias, produtos e eventos”. Alcançar trabalho digno é outra meta prioritária, na ótica do representante do escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) no Brasil, José Ribeiro. Assim como saúde pública, tema ressaltado por Jorge Darze, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro. A importância de um projeto de desenvolvimento da Amazônia, que leve em conta as demandas dos povos da floresta, também foi citada na plenária, por Cecilia Leite Mota Oliveira, do Sindicato dos Farmacêuticos daquele estado. Ademais, entre outros pontos, a urgência de aprovação no Congresso Nacional do Marco Civil da Internet, que estabelece os direitos e deveres dos usuários da rede, também foi pautada durante a plenária, pelo conselheiro Marcelo Saldanha.

 

 

 

Imprensa SEESP

  

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