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12/03/2014

País tem condição de enfrentar baixa em reservatórios

O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, disse que não está “alarmado” pelo fato de o país enfrentar uma das piores situações hidrológicas dos últimos 80 anos. Segundo ele, os investimentos feitos nos últimos anos proporcionaram ao país uma situação estrutural que permite ao sistema elétrico superar a baixa registrada nos reservatórios. Ele destacou que a situação  é distinta da de 2001, ano em que o país teve de fazer racionamento energético para evitar desabastecimento. "Entre 2001 e 2013, a demanda por energia elétrica aumentou 51%, enquanto a capacidade de geração das usinas aumentou 73%, o que dá uma margem de segurança para o setor", destacou Tolmasquim, ao participar, nesta quarta-feira (12/03), de audiência pública no Senado.

Presidente do Instituto Acende Brasil, Cláudio Salles, disse que, diferentemente daquela época, o país tem atualmente um parque termelétrico “muito mais robusto”. Ele pondera que as regiões Sudeste e Centro-Oeste, apesar de serem responsáveis por 70% da capacidade de geração de energia no país, apresentam um nível de armazenamento de 35% – bastante semelhante ao registrado em 2001 e preocupante, de acordo com ele. Salles acrescentou que, em meio a esse cenário, as distribuidoras, que têm no portfólio grande participação de termelétricas, estão sendo muito afetadas pelo problema.

 “[Para evitar problemas], precisamos comunicar as reais condições do sistema de forma precisa, didática e clara; formar indicadores que facilitem o acompanhamento da situação do sistema; promover a conservação e racionalização do consumo; preparar um programa de racionalização do consumo”, disse. 

O diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, disse que, nas simulações de clima e vazão de rios feitas pela entidade, não foi identificado risco de desabastecimento de energia em 2014. Ele informou que os problemas climáticos que estavam causando problemas nas usinas no Sudeste e Centro-Oeste têm melhorado desde a segunda metade de fevereiro.

 

Fonte: Agência Brasil










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