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14/03/2014

Como as empresas se beneficiaram e apoiaram a ditadura de 1964

O G Trabalho 13, da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que investiga a repressão ao movimento sindical durante o regime militar iniciado em 1964, realiza, neste sábado, às 13h30, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, o seminário “Como as empresas se beneficiaram e apoiaram a ditadura militar”. Serão apresentados estudos e análises sobre a relação promíscua desenvolvida entre empresas e grupos empresariais e o aparelho repressivo do regime militar. O evento terá transmissão ao vivo, neste link, selecionando auditório Teotônio Vilela.

Foto: imagem de internet
Jango comicio Jango cumprimenta participantes do comício da Central do Brasil

A participação do empresariado na repressão está sendo levantada para que o país conheça toda a sua história recente envolvendo os atos da ditadura. Por isso, como destaca Rosa Maria Cardoso da Cunha, coordenadora da CNV e do GT 13, na realidade o golpe deve ser denominado civil-militar, por atuações como essa. Essa ação contra a classe, com denúncias e perseguições por empresas a trabalhadores, bem como a contribuição com cessão de equipamentos como veículos, combustíveis e patrocínio da tortura, está sendo investigada pelo GT 13. A justiça, explicou, não alcançará as empresas, porque não se pode criminalizar pessoa jurídica. “Mas faremos essa reparação, nas lutas.”

Central do Brasil
Nesta quinta-feira (13/3), a cidade do Rio de Janeiro foi palco de uma manifestação para lembrar os 50 anos da realização do histórico comício da Central do Brasil, feito pelo ex-presidente João Goulart (Jango), no dia 13 de março de 1964, duas semanas antes do golpe militar que colocaria o país sob uma ditadura de 21 anos. O evento, à época, tinha o propósito de defender as reformas de base propostas por seu governo. Cerca de 200 mil pessoas acompanharam o discurso de Goulart (leia aqui na íntegra) que foi encerrado com as seguintes palavras: "Não apenas pela reforma agrária, mas pela reforma tributária, pela reforma eleitoral ampla, pelo voto do analfabeto, pela elegibilidade de todos os brasileiros, pela pureza da vida democrática, pela emancipação, pela justiça social e pelo progresso do Brasil".

O evento, que estava sendo anunciado pelo governo desde janeiro de 1964, reuniu cerca de 200 mil pessoas e foi transmitido ao vivo por rádio e TV para todo o país. Por volta das 14h daquele dia 13 de março, cerca de cinco mil pessoas já se concentravam para o comício do presidente João Goulart na Praça Cristiano Ottoni, Rio de Janeiro, nas imediações da Central do Brasil e do Ministério da Guerra.

Antes de seguir para o palanque, João Goulart assinou, no Palácio das Laranjeiras, o decreto da Supra (Superintendência de Reforma Agrária) - que autorizava a desapropriação de áreas ao longo das ferrovias, das rodovias, das zonas de irrigação e dos açudes – e o decreto que encampava as refinarias particulares de petróleo.

A seguir, trecho do filme Jango de Silvio Tendler, com o discurso de Jango:


Rosângela Ribeiro Gil
Imprensa – SEESP
Com informações da Empresa Brasil de Comunicação (EBC)









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