Cerca de três mil servidores municipais participaram de um protesto, na Praça Patriarca, no Centro, em frente ao gabinete do prefeito da Capital paulista, para reivindicar alteração da Lei Salarial 13.303/02, que permite ao Executivo reajustar os vencimentos muito abaixo da inflação. Entre os manifestantes, centenas de engenheiros e arquitetos, que também estão em campanha salarial, juntamente com outras categorias do serviço público da cidade como educadores, fiscais, contadores, entre outras.
Foto: Beatriz Arruda/SEESP
Engenheiros em campanha salarial protestam no Centro de São Paulo
O ato, que ocorreu na sexta-feira (4/4), começou por volta das 14h30 e ficou concentrado em frente ao prédio do Gabinete do prefeito Fernando Haddad. “Agora, só nos resta pressionar já que até agora não há qualquer contraproposta por parte da administração pública. O foco dos engenheiros é a alteração da lei do piso salarial, que só prevê reajuste de 0.01%, ao ano, além de repúdio total à proposta deles de remunerar todos os servidores a partir de um subsídio, equiparando todos em um mesmo patamar”, declara o engenheiro Sergio Souza, delegado sindical na prefeitura, representante do SEESP.
Após o protesto, no final da tarde, uma comissão de trabalhadores foi recebida no gabinete por representante da Secretaria de Planejamento e Gestão, que apenas disseram que estão abertos a negociação, porém, sem sinalizar algo concreto. Na manhã do mesmo dia, durante mais uma rodada de negociação, o poder público propôs reposição das perdas salariais somente a partir de 2014. “Eles querem que a gente simplesmente esqueça o período de 2007 a 2013, quando tivemos o reajuste de 0.01%. E isso não será aceito nem pela nossa categoria, nem pelas demais”, completa Souza.
Uma nova rodada de negociação está marcada para quinta-feira (10), às 15h30, no prédio da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), com trabalhadores de diversos segmentos do município. Após a realização, os engenheiros devem marcar uma nova assembleia para definir os próximos passos da campanha.
Deborah Moreira
Imprensa - SEESP