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29/04/2014

Movimento de moradia pressiona por votação de Plano Diretor em S. Paulo

Milhares de pessoas de movimentos de moradia e entidades populares, como a Central de Movimentos Populares (CMP) realizam um protesto em frente à Câmara Municipal de São Paulo, no Centro, desde às 13h, desta terça-feria (29/4), para pressionar os vereadores a votarem o Plano Diretor da capital.

O grupo pede para que seja priorizado entre as diretrizes do plano a demarcação de Zeis (Zonas de interesse social) na cidade. A ideia é priorizar o acesso a moradias por famílias de baixa renda. Os manifestantes afirmam que só liberarão a via após a conclusão da votação que deverá começar ainda nesta tarde. De acordo com agências, por volta das 15h, um outro grupo de cerca de 500 pessoas está na praça da República, no centro de São Paulo, e promete seguir em passeata pelas ruas do centro até a Câmara.

Poluição sonora

A revisão do PDE (Plano Diretor Estratégico) – em tramitação na Câmara Municipal de São Paulo – é o pontapé inicial para resolver os problemas causados pelo barulho na capital paulista. As medidas previstas no projeto, de acordo com especialistas que participaram na segunda-feira (28/4) da 1ª Conferência Municipal sobre Ruído, Vibração e Perturbação Sonora, são fundamentais para melhorar a poluição sonora na cidade.

Entre as iniciativas previstas no PDE está a elaboração de um mapa com a distribuição espacial do ruído na cidade, com o objetivo de evitar, prevenir ou reduzir os efeitos prejudiciais da exposição ao barulho por meio do planejamento urbano adequado."Fazer essa mapeamento é o início para que o poder público possa priorizar ações nos setores com maiores índices de ruídos", declarou Davi Akkerman, presidente da ProAcústica - Associação Brasileira para Qualidade Acústica. "Mas fazer apenas o mapa não é suficiente. Precisamos também de campanhas educativas para esclarecer a população sobre os problemas que o excesso de barulho pode causar", acrescentou.

O trabalho do poder público, explicaram os especialista da conferência, é essencial para resolver os problemas causados por ruído. "É necessária uma ação coordenada, principalmente dos governos municipal, estadual e federal para se identificar o que causa o barulho e pensar no que pode se resolver isso. Em São Paulo, o trânsito e as obras são os maiores geradores de ruídos", afirmou Nicolas Isnard, diretor de negócios, meio ambiente e engenharia da 01 dB – empresa que oferece soluções de produtos e serviços dedicados a medições de controle, perícia e monitoramento acústico e vibratório.

O presidente da Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Andrea Matarazzo (PSDB), sinalizou para a necessidade de modernização da legislação para melhorar os problemas causado pelo barulho. "Temos a Lei do Psiu, por exemplo, que deveria utilizar equipamentos mais tecnológicos para facilitar a fiscalização. E agora estamos discutindo no Plano Diretor a elaboração do mapa de ruídos e isso vai ajudar muito porque teremos a escala de barulho em cada região e assim poderemos pensar no que fazer me cada local", disse.



Imprensa SEESP
Com informações da Câmara de S. Paulo








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