logo seesp ap 22

 

BannerAssocie se

×

Atenção

JUser: :_load: Não foi possível carregar usuário com ID: 69

16/05/2014

Opinião - Quinta-feira e os dias seguintes


Foi uma quinta-feira de protestos, manifestações, passeatas, paralisações e confrontos, menores do que seus promotores previam e publicados nos meios de comunicação sob o lema duvidoso “contra a Copa”.

Nesta caldeirada houve de tudo, até peixe podre. Desde as legítimas reivindicações salariais aos protestos violentos e desorientados “contra tudo”, passando por mobilizações específicas de setores bem definidos (metalúrgicos de São Paulo, funcionários do McDonald’s e do IDORT, por exemplo).

Para o movimento sindical, como estratégia a ser continuada é preciso repensar o encaminhamento. A mistura indiscriminada na vala comum “do contra” não faz avançar nossas reivindicações e, pelo contrário, pode dificultar a busca de soluções pela perda do foco. O amálgama não é a verdadeira unidade de ação e serve a outros senhores (como comprovaram os rodoviários cariocas).

O caso dos metalúrgicos de São Paulo é típico. Acossado pelos juros altos, câmbio desequilibrado, desindustrialização e ameaça de perda de empregos, o sindicato se propôs (muito antes da fixação de uma data pelos outros participantes) a realização de paralisações e mobilizações nas suas principais concentrações operárias e o fez com o empenho de luta próprio do sindicato e sua organização.

Os participantes foram testemunhas do esforço pedagógico dos diretores com as palavras de ordem corretas, mas nossas manifestações foram confundidas na desorientação geral.

Como se tratava de uma reivindicação setorial faltou o empenho unitário de agregar outros sindicatos metalúrgicos da grande São Paulo e do Estado.

Assim corremos o risco do isolamento e derrota como vem acontecendo com o projeto do “lay-off alemão” das montadoras, devido ao exclusivismo de sua apresentação e ao posicionamento antitrabalhista da ANFAVEA.

Temos muito que aprender da quinta-feira passada e o aprendizado começa por manter o empenho correto e eliminar os erros.


Por João Guilherme Vargas Netto, consultor sindical
Foto da home de R.U.A Foto Coletivo/Rodrigo Zaim 











Lido 1973 vezes
Gostou deste conteúdo? Compartilhe e comente:
Adicionar comentário

Receba o SEESP Notícias *

agenda