A instalação tardou, mas o que conseguimos excedeu nossas expectativas", disse o reitor Ronaldo Pena, que retorna à unidade como professor do curso de Engenharia de Controle e Automação
Com a presença do ministro da Educação, Fernando Haddad, a UFMG inaugurou na última quinta-feira, dia 11, o complexo de 12 prédios da Escola de Engenharia no campus Pampulha. "Cada real investido aqui se transforma em inclusão e pesquisa", afirmou o ministro, dizendo acreditar que, em se tratando de educação, gasto é sinônimo de investimento.
O diretor da Escola de Engenharia, professor Fernando Amorim, disse que a inauguração do novo complexo acontece em um momento de expansão da Universidade. Com os quatro novos cursos criados na unidade, a Escola passou a oferecer, a partir de 2010, 1.010 vagas, tornando-se a maior escola de Engenharia do país. "Estamos expandindo as vagas com manutenção da qualidade", ressaltou.
Para Amorim, um dos maiores benefícios da mudança para o campus Pampulha é a oportunidade de fortalecer a parceria e interação com outras áreas do conhecimento, o que permite a viabilização de projetos importantes. Ele citou ainda a discussão sobre um possível "apagão de engenheiros" no Brasil, dizendo que, com a inauguração do novo espaço, a UFMG está apresentando alternativa a esse problema.
“Não são só instalações novas, mas melhores, modernas e adaptadas para as finalidades a que se destinam”, avalia. O novo prédio de salas de aulas (Bloco 3) foi construído em parte com recursos oriundos da adesão da UFMG ao Programa de Apoio aos Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni). Com a adesão, a Escola ganhou quatro novos cursos – Engenharia de Sistemas, Engenharia Ambiental, Engenharia Aeroespacial e Engenharia de Controle e Automação Noturno – e ampliou o número de vagas oferecidas.
O reitor Ronaldo Pena relembrou a saga da Escola para se transferir para o campus, desde quando a ideia foi aprovada formalmente por sua Congregação, em 1943. O reitor afirmou que as dificuldades nunca abalaram sua confiança no sucesso final da empreitada. "A instalação tardou, mas o que conseguimos excedeu nossas expectativas", disse o reitor, que retorna à unidade como professor do curso de Engenharia de Controle e Automação.
Execução direta
Além da integração, o novo complexo simboliza a vitória de um modelo de construção pública único no país e há décadas adotado pela UFMG. Trata-se da autoconstrução ou execução direta, processo pelo qual a própria Universidade ergue seus prédios, dispensando a presença de empresas terceirizadas. “A Universidade acredita que é legal fazer a construção como ela sempre fez, mas o Tribunal de Contas da União (TCU), que antes aprovava esse método, alega que não podemos mais utilizá-lo. Por isso, com toda a compreensão democrática do direito, recorremos à Justiça, e o Supremo Tribunal Federal dará a palavra final”, comenta Ronaldo Pena.
Em sua opinião, a nova sede da Escola de Engenharia é a prova da viabilidade da autoconstrução, que economiza recursos e melhora a qualidade da obra. O reitor lembra que, ao auditar a obra da Face, o TCU concluiu que houve uma economia de 20%. “Tal percentual, aplicado aos R$ 120 milhões utilizados para construir a Engenharia, se traduz em uma economia de R$ 24 milhões para os cofres públicos”, calcula Pena.
A cerimônia contou com a presença do ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias; do prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda; da secretária de Estado de Desenvolvimento Social e reitora da UFMG na gestão 2002 a 2006, Ana Lúcia Gazzola; do vice-reitor da unidade, Rodney Saldanha; e do reitor eleito Clélio Campolina.Saiba mais no Boletim da UFMG
(Com informações da Assessoria de Imprensa de UFMG)
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